Ciência e Saúde

Cientistas anunciam descoberta de fóssil do maior dinossauro do Brasil

Herbívoro gigante tinha aproximadamente 25 metros de comprimento, pescoço e cauda longos e um crânio pequeno

Vilhena Soares
postado em 06/10/2016 10:48
Parte da coluna vertebral do herbívoro que viveu em São Paulo: animal tinha 25 metros de comprimento

Pesquisadores do Museu de Ciências da Terra, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), anunciaram ontem a descoberta do maior dinossauro que viveu no Brasil. Os autores do estudo, publicado na revista Plos One, formaram partes da coluna vertebral do animal com ossos que estavam guardados desde a década de 1950 e não haviam sido montados por falta de tecnologia.


O animal recebeu o nome de Austroposeidon magnificus e foi classificado como um titanossauro, de acordo com suas características anatômicas. O herbívoro gigante tinha aproximadamente 25 metros de comprimento, pescoço e cauda longos e um crânio pequeno. Antes, o maior dinossauro que viveu no Brasil e havia sido identificado era o Maxakalisaurus topai, que tinha mais de 13 metros de comprimento.

O paleontólogo Llewellyn Ivor Price descobriu o fóssil do Austroposeidon magnificus há seis décadas, próximo à cidade de Presidente Prudente, em São Paulo. ;Naquela época, pela falta de recursos, era difícil estudar parâmetros que analisamos hoje. Com a ajuda de um tomógrafo, conseguimos ver a parte interna dos ossos e fazer análises comparativas com outras espécies. Com isso, chegamos à conclusão de que esse é o maior titanossauro do Brasil;, explicou ao Correio Kamila Bandeira, pesquisadora da UFRJ e autora do estudo.

Cinodontes

Na mesma revista, pesquisadores do Departamento de Paleontologia e Estratigrafia do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) publicaram uma análise de fósseis de dois cinodontes, espécie que está próxima aos mamíferos na linha evolutiva. Agustín Martinelli, principal autor do estudo e pesquisador da UFRGS, e seus parceiros de pesquisa analisaram os ossos encontrados em rochas do período Triássico Médio-Superior, período entre 237 e 235 milhões de anos atrás. De acordo com os autores, o trabalho contribui para o entendimento da anatomia dos mamíferos.

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