Diversão e Arte

Folk psicodélico do trio The Dodos chega para iluminar o rock independente

postado em 31/07/2009 08:13
O nome do disco é Time to die (em português, %u201Chora de morrer%u201D). Mas, antes que alguém coloque o trio The Dodos na prateleira de metal gótico, vale o alerta: um dos trunfos desta ótima banda de São Francisco é a vivacidade. Em todos os sentidos. Na linha de Band of Horses e Fleet Foxes, trio californiano atualiza sons dos anos 1970 com um olhar modernoNo palco, eles avançam sobre os instrumentos musicais com um tipo de entusiasmo quase infantil. As melodias, quase sempre assobiáveis, inspiram fantasias sobre fins de tarde na Califórnia. E, mesmo quando eles escrevem canções sofridas, nunca desprezam o poder de catarse de um verso emotivo. %u201CSomos apenas uma banda pop. Tocamos música pesada com violões%u201D, explicou o vocalista e violonista Meric Long ao site Clubplanet. Um ano depois de assaltar a cena independente com um álbum inclassificável, que ainda soa como um turbilhão de ideias (o elogiadíssimo Visiter, entre o folk experimental e o pop), o Dodos está pronto para o grande salto. O coeso Time to die, que já circula na internet, tem potencial para promover a banda à primeira divisão do indie rock. Produzida por Phil Ek, de trabalhos cultuados como Chutes too narrow (The Shins), Everything all the time (Band of Horses) e a estreia do Fleet Foxes, a nova cria reforça o lado melodioso do trio, menos juvenil. %u201CMais que o anterior, este disco soa como a criação de uma banda%u201D, afirmou Meric ao site Pitchfork, que foi decisivo para criar o falatório em torno do grupo. Os fãs podem torcer o nariz para a falta de ousadia, mas o objetivo do Dodos agora é outro: seguir o caminho aberto por grupos como Grizzly Bear e Band of Horses, que atualizam o folk, o country rock e a psicodelia dos anos 1970. Estão sintonizados a uma das tendências mais badaladas do rock norte-americano. Num pulo, passaram à lista de prioridades do selo Frenchkiss Records, de queridinhos como Passion Pit e The Hold Steady. O selo abriu os olhos depois que a canção Fools entrou num comercial de cerveja. É apenas um indício de uma fase de crescimento. Quando gravou Visiter, o Dodos era uma dupla, formada em 2005 por Meric e o baterista Logan Kroeber. A sonoridade, quase caseira, mesclava a doçura dos violões a uma agressiva percussão africana. Mais elétrico e menos exótico, Time to die acrescenta um novo integrante, Keaton Snyder, e mais uma camada sonora: o vibrafone, que dá ares de sonho às canções. Meric, que trabalhou por oito anos como cozinheiro, é econômico nos ingredientes. O produtor Phil Ek não admite excessos. %u201CEle tem um ouvido muito crítico. É meticuloso, não segue em frente até o momento em que testa todas as possibilidades das canções%u201D, contou o vocalista. Estão no ponto. E que nasça o monstro. THE DODOS Conheça o trio de São Francisco em www. myspace. com/ thedodos. O terceiro disco da banda, Time to die, será lançado no final de agosto pelo selo norte-americano Frenchkiss Records. Tubo de ensaio - The Pro Depois que o guitarrista Lucas Fadul quebrou o braço em maio, a banda The Pro %u2014 uma das boas novidades do rock brasiliense %u2014 sumiu dos palcos. Mas não ficaram parados. Esta semana, eles terminaram de masterizar cinco novas músicas. O EP poderá ser ouvido em www.myspace.com/theprobr a partir de amanhã. %u201CO lançamento oficial ficará para o final de agosto, quando devemos fazer um show promocional%u201D, adianta o vocalista Zé Mendes. Até o fim do ano, o quarteto pretende lançar mais dois singles e acumular datas na agenda %u2014 tanto em Brasília quanto em outras cidades.

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