Diversão e Arte

Cria da Cidade: Suingue de raiz

postado em 07/01/2010 07:02
As galerias das comerciais de Brasília têm subsolos que salvaguardam ensaios de bandas e artistas da cidade. Na 107/108 Norte, uma delas abriga um grupo que se iniciou na música a partir do fascínio pelo som de Jorge Ben (ainda sem a adição do ;Jor;, aquele dos anos 1960 que botou uma pitada rocker no samba). O Cria da Cidade rumou para lá a fim de acompanhar o encontro de parte da banda Salve (ex-Salve Jorge). A galera faz um som que embala a moçada de Brasília desde 2005. Estavam lá Cavanha (violão e voz), Bruno Aguiar (baixo e voz) e Thiago Cunha (bateria). Tem ainda Flavinho Silva (piano elétrico), Luiz Ungarelli e Guilherme Vilar (percussão).

- A banda nasceu de uma festa, chamada Salve Jorge. Fomos tocar e o público gostou tanto que batizou o grupo espontaneamente de Salve Jorge, conta Bruno Aguiar.

O que era para ser um tributo a Jorge Ben virou uma festa da música brasileira, com direito a afro-sambas, Djavan, Chico Buarque e Tim Maia, numa tendência que tomava conta da cidade, com baladas regadas à fase de ouro da black nacional, como a Criolina. Com compositores na banda, a Salve agora segue tentando equilibrar o repertório de sucessos e encaixar canções autorais. O caminho é a produção do primeiro disco.

- As pessoas na noite querem ouvir o cover. Em uma ou outra hora, você encaixa uma música própria, observa Cavanha.

Num clima de brodagem, os amigos puxam um som bacana para gente curtir e contam que vão atravessar o verão com shows no bar Calaf. Quem ainda não conhece vale a pena dar uma espiadinha no Cria da Cidade. O som é suingado e está longe de ser um mero cover. A galera tem estilo e personalidade musical.

Anote aí
Hoje tem o projeto Salve a Música Brasileira com a banda Salve e DJs Tatu e Tot, no Bar do Calaf (SBS, Ed. Empire Center, térreo; 3325-7408), às 22h, Ingressos: R$ 10 (mulher) e R$ 15 (homem), até as 23h; e R$ 15 (mulher) e R$ 20 (homem), após. Não recomendado para menores de 18 anos.

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