Diversão e Arte

Celebração dos chicleteiros

Irlam Rocha Lima
postado em 19/04/2010 08:13
Os chicleteiros de plantão, como são chamados os fãs do Chiclete com Banana, tiveram muito o que celebrar na madrugada de ontem, com a Voa Voa, festa que levou mais de 10 mil pessoas ao Autódromo Internacional de Brasília. A folia, com características de micarê, serviu também para comemorar as três décadas da banda liderada por Bell Marques - de volta à cidade depois de um ano de ausência -, os 60 anos do trio elético (representado pelo Rexskydome, de última geração), e o lançamento do CD e DVD Flutuar. Bell e a banda Chiclete com Banana balançaram uma multidão de fãsQuem abriu o evento, às 23h, foi a dupla sertaneja brasiliense Marcos & Belutti, que esquentou os foliões, cantando, também, em cima de um trio elétrico. Mas o agito ganhou proporções de carnaval fora de época quando à 0h30 o Chiclete surgiu no circuito, com Bell cantando um dos seus novos sucessos Chicleteiro eu, chicleteira ela, levando a múltidão ao delírio. A partir daí e até as 3h30 o que se viu foram manifestações de histeria individual e coletiva a cada música apresentada. Antes, ainda com o trio parado na concenttação, Bell elogiou a retomada do antigo formato da festa, "com camarotes, abadá, e show em cima do trio, que é o habitat natural do Chiclete". O vocalista aproveitou e fez o anúncio do mais importante projeto da banda para 2010: o DVD Chiclete canta Luiz Gonzaga na terra de Lampião. "A gravação vai ser em novembro, em Serra Talhada, no sertão pernambucano, com a participação de Domiguinhos, Elba Ramalho e Fagner. No repertório estarão os maiores sucessos do Rei do baião", adiantou. Movimento Com o trio em movimento, durante três horas, Bell e seus companheiros passaram em revista músicas que fazem parte da história do grupo, desde as mais antigas como Cara saramba, Selva branca e Ele não monta na lambreta, passando por clássicos como 100% você, Eu quero esse amor, Diga que valeu, Não vou chorar, Cabelo respadinho, e Voa voa, e, claro, novos hits, entre os quais A fila andou, Flutuar e No balanço do Chiclete. Todas cantadas em coro pelos foliões. No percurso, ao passar pelo corredor formado pelos dois extensos camarotes, a banda ícone do axé, recebeu diferentes manifestações de carinho da multidão, com gritos, saudações escritas em cartazes, faixas, banners e até por meio da exibição de tatuagens, nas costas de alguns fãs, com a logomarca do Camaleão, bloco do Chiclete, no carnaval de Salvador. "Para nós é uma alegria imensa sermos recebidos com tanta energia boa passada por vocês, chicleteiros brasilienes", agradeceu, emocionado, o tecladista Wadinho Marques.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação