Diversão e Arte

Margareth Menezes traz show intimista, mas adverte: É tudo muito dançante

postado em 13/04/2011 08:00
A voz poderosa da cantora Margareth Menezes arrebata multidões pelas avenidas de Salvador todo santo carnaval. Mas longe dos trios elétricos, a baiana revela um lado intimista, para poucos, quando canta Naturalmente acústico, 13; álbum de sua carreira. É com essa proposta que Margareth faz show em Brasília, hoje e amanhã, às 20h, no Teatro da Caixa Cultural.

O espaço, que abriga pouco mais de 400 pessoas, condiz com a ideia do novo CD e DVD. ;É sempre legal poder variar. Já fiz apresentações para milhares e também já fiz para público intimista, talvez até para menos gente do que nesse teatro. E um show num espaço menor, em um outro contexto, possibilita outras performances, outro repertório, outra interação com as pessoas... Acho que vai ser bem legal;, antecipa Margareth.

Apesar do novo show ser mais próximo do público, isso não quer dizer que será uma apresentação calminha e parada. Afinal, não há show de Margareth Menezes sem suas danças afro que preenchem o palco. ;No show do CD Naturalmente, pouca coisa muda. Apenas as músicas e a forma de interpretar as mais tranquilas, porque de resto, é tudo muito dançante, mesmo as de ritmos diferentes, como o reggae e a embolada, por exemplo;, antecipa a cantora, que incluiu no repertório a música Os cegos do castelo, do Nando Reis, além das carnavalescas Saudação ao caboclo (Selei, meu cavalo selei) e Quero te abraçar. Gracias a la vida, sucesso de Mercedes Sosa, ganhou um molho apimentado na versão da baiana.

Reggae e embolada
Eclética, Margareth Menezes canta reggae, embolada, rock, pop e, claro, muita axé music. A intérprete da agitada Dandalunda costuma dizer que o seu repertório vai além da axé. Durante uma turnê pelos Estados Unidos, quando viu que classificavam a sua música como ;afro brazilian pop music;, notou que dali sairia algo mais. Foi assim que surgiu o afropop brasileiro, que denomina uma corrente musical repleta de influências. ;A minha música sempre foi muito além da axé music (que por si só já é algo amplo). Afropop é mundial, é regional, é dançante, é afro, é rock, é axé. É a união do tambor ao computador;, explica Margareth.

Quando esteve em Brasília em agosto do ano passado, Margareth Menezes participou do projeto Mães d;água, da Fundação Palmares, que reuniu as cantoras Mart;nália, Paula Lima, Daúde, Luciana Melo, Alaíde Costa e Rosa Maria Colin. Do encontro e da cidade, Margareth guarda ótimas recordações. ;Gosto muito de fazer shows em Brasília, pois as pessoas, além de terem ótima energia, conhecem superbem o repertório, acompanham mesmo o show, trocam energias comigo. Brasília para muita gente é sinônimo de trabalho e seriedade. Para mim, também é, mas com muita, muita alegria e animação.;

MARGARETH MENEZES

Hoje e amanhã, às 20h, no Teatro da Caixa Cultural (SBS, Q. 4, Lt. 3). Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia). Informações: 3206-9448. Não recomendado para menores de 12 anos.

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