Diversão e Arte

Grupo brasiliense Marambaia promovem em sua música uma fusão de ritmos

postado em 23/11/2011 08:52

Na primeira passagem do grupo Marambaia pela França, em 2008, o bandolinista Marcelo Lima se impressionou com a boa recepção que a música brasileira recebe no país. ;Como fazemos música instrumental, não existe a barreira da língua. E nossos ritmos, o samba, o choro, o frevo, o baião, são muito contagiantes. Então nossa experiência por lá foi muito bacana;, comenta o músico.

Grupo brasiliense formado em 2001, o Marambaia está mais uma vez na capital francesa. Hoje, eles fazem a primeira de três apresentações na Europa. O Marambaia é o representante de Brasília no projeto da Embratur Ritmos do Brasil, que tem como objetivo apresentar ao público estrangeiro as 12 cidades sedes da Copa do Mundo de 2014 por meio da música. Depois de Paris, o sexteto brasiliense passará por Milão, no sábado, e por Berlim, em 1; de dezembro.

Nas três cidades, além dos shows, o Marambaia ministrará oficinas de instrumentos musicais brasileiros ; uma atividade, aliás, que eles vêm desenvolvendo também pelo Brasil. Os participantes da iniciativa receberão como brindes minipandeiros, reco-recos, berimbaus, maracas e tamborins. Marcelo Lima explica que a ideia não é fazer com que as pessoas aprendam a tocar os instrumentos, mas sim terem um primeiro contato com eles, entender seus fundamentos, como eles funcionam.

Durante a uma hora e meia da oficina, o Marambaia mostrará uma música brasileira e como esses instrumentos podem ser usados para acompanha-lá ; até para que os alunos mais animados, possam interagir com a banda durante a apresentação. ;Sempre escolhemos uma música emblemática e preparamos um arranjo com movimentos bem simples para que as pessoas consigam tocar;, explica Marcelo. A escolhida para as oficinas foi o clássico Brasileirinho, de Waldir Azevedo.

Clássicos nacionais
O repertório para ser interpretado no Velho Continente pelo grupo brasiliense foi escolhido a dedo. São músicas que representam o Brasil, muitas delas standards já internacionalmente conhecidos. Entre as selecionadas estão Garota de Ipanema, Wave (Tom Jobim), Aquarela do Brasil (Ary Barrosos), Mas que nada (Jorge Ben) e Tico-tico no fubá (Zequinha de Abreu).

Mas o grupo ; além de Marcelo Lima, formado por Marcus Moraes, no violão; Alexandre Macarrão, no baixo; Célio Maciel, na bateria; e Leonardo Barbosa, na percussão ; não pretende apenas interpretar esses clássicos. O grupo é conhecido pelas misturas de ritmos (nacionais e estrangeiros, como rock e jazz), pot-pourris, inserção de uma música dentro de outras e outras brincadeiras musicais. A ideia do roteiro, conta Marcelo, é passar pelas possibilidades de ritmos da música brasileira. Além de samba, choro, frevo e bossa, o quinteto vai mostrar uma música de trio elétrico com guitarra baiana e um samba-reggae.

A pedido da produção do evento, eles também incluirão músicas cantadas no set list: Homenagem ao malandro, de Chico Buarque; Frevo mulher, de Zé Ramalho; Trem das onze, de Adoniran Barbosa; e duas composições de Jorge Aragão, Coisinha do pai e Vou festejar. Mais do que fazer shows e oficinas, Marcelo Lima diz que a viagem tem outros objetivos: ;Queremos mostrar a variedade da música do nosso país na Europa, mudar essa imagem de que somos só futebol e mulata. Queremos levar a cara de um Brasil novo, mostrar outra perspectiva;.

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