Diversão e Arte

Mesmo com internet, obsessão por livros ainda é qualidade dos livreiros

Nahima Maciel
postado em 03/04/2012 11:10
Quando olham para os anos 1980, Ivan da Silva, Cida Caldas, Íris Borges e Francisco Joaquim de Carvalho esbarram na mesma palavra: romantismo. É um termo que tem outro significado para Alan Santos de Oliveira, Kermerson de Aquino Macedo e Glaidson Medeiros. No século 21, o romantismo pode ser nome de movimento literário do passado, mas não se aplica mais à profissão de livreiro. Hoje, vender livros é, antes de tudo, um negócio e exige habilidades bem específicas. Está longe de carregar aquela aura do sujeito para o qual os sentimentos estão acima da razão.

Vender livros nas últimas décadas do século passado implicava em tornar - se uma referência e um guia para os consumidores. A internet e a informação acessível mudaram o cenário, e os desejos dos clientes ganharam a velocidade da rede. No entanto, apesar da popularidade com a qual a tecnologia se instala na área, uma característica ainda une os livreiros de ontem e os de hoje: são seres aficcionados, obcecados e viciados no objeto que comercializam. E, se não forem, não são livreiros. Nas palavras de Glaidson, 34 anos, são meros ;entregadores de livros;.

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