Diversão e Arte

Escritor haitiano Dany Laferrière conversa com o Correio direto da Flip

postado em 07/07/2012 10:49
Paraty (Rio de Janeiro) ; Uma das atrações deste sábado (7/7), penúltimo dia da décima Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), Dany Laferri;re divide mesa de debates com Zoe Valdés, cubana radicada na França. Laferri;re nasceu no Haiti, na capital Porto Príncipe. Quando a ditadura de Baby Doc se tornou insuportável, deixou o país e buscou refúgio em Montreal. A literatura chegou até ele como uma espécie de megafone existencial: um que lhe permitisse reclamar seu espaço de cidadão do mundo, para além da pátria amada e da pátria do exílio. E essa marcação de território se deu pelo alcance da palavra em sua forma mais livre: irônica, cômica, e sempre autobiográfica.

Ainda no Haiti, trabalhou como jornalista. Saiu de lá aos 23 anos, em 1976, mas não pôde continuar escrevendo como repórter no Canadá, por causa da exigência de diploma. Laferri;re deve ter dado de ombros, pois seguiu em frente. Trabalhou na indústria de curtume, conheceu outros imigrantes e, sabendo bem que não seria operário para sempre, começou a escrever. ;Nasci no Haiti. Mas nasci escritor em Montreal;, diz ele.

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