Diversão e Arte

Altamiro Carrilho já demonstrava problemas de saúde no último show no DF

Irlam Rocha Lima
postado em 16/08/2012 08:51

Um senhorzinho jovial e espirituoso, contador de histórias engraçadas e que, aos 87 anos, ainda exibia técnica apurada e virtuosismo como flautista. Foi essa a imagem que Altamiro Carrilho passou para o público, ao se apresentar em Brasília entre 9 e 11 de maio, no Espaço Cultural do Choro, pelo projeto Meu Caro Amigo Chico Buarque. Aquele foi o penúltimo show do mestre do sopro ; o último foi no mês passado, em Uberlândia (MG) ; morto nesta quarta-feira (15/8), às 9h30, no Rio de Janeiro.

[SAIBAMAIS]Altamiro, que há três anos foi submetido a implantes de pontes de safena e mamária, conviveu nos últimos tempos com uma pneumonia bilateral. A morte, devido a um câncer no pulmão, ocorreu no hospital Ênio Serra, no bairro de Laranjeiras. As últimas palavras do artista foram dirigidas a Josenilze Maiara da Silva, que o acompanhava desde 2004. ;Com a voz quase inaudível, disse que eu havia sido filha, mãe e amiga no fim da vida dele;, contou a enfermeira, aos prantos, por telefone, na manhã de ontem.



Maiara, que zelosamente cuidava de Altamiro, estava em sua companhia quando ele veio à cidade em maio. Naquela oportunidade, na apresentação no Clube do Choro, o músico teve a seu lado o grupo Choro Livre e os flautistas Sérgio Moraes, Bené da Flauta, Dolores Tomé, Beth Ernest Dias, Ariadne Paixão e Thaise Silva. Já evidenciando problemas de saúde, tocou apenas três músicas. Mesmo com a voz prejudicada, falou bastante e chegou a contar piadas.

Assista Altamiro Carrilho tocando o choro Flor amorosa

[VIDEO1]

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação