Diversão e Arte

Sem machismo, filmes narram histórias movidas por desejos femininos

Ricardo Daehn
postado em 27/12/2012 08:18

Descontada a performance mista, entre graça e dor, de Lilia Cabral em Divã, Ingrid Guimarães tem motivos para celebrar o presente acoplado ao sucesso estrondoso de De pernas pro ar (2011), numa quebra de paradigmas para padrões brasileiros de comédia. A imagem de perdedora, cheia de defeitos, impressa por Kristine Wiig, em Missão madrinha de casamento ; ;daquela mulher que transa e gosta de transar por transar, igual ao homem; ; inspira bastante a atriz goiana. ;O Sex and the city foi uma referência pra mim, acompanhei muito como elas falavam de sexo;, entrega, ao sinalizar elementos de De pernas pro ar 2, com estreia marcada para sexta-feira (28/12).

Ao elencar as barreiras na arte de fazer rir, Ingrid Guimarães tropeça no discurso do ;ainda mais sendo mulher;. Atenta, a intérprete de Alice, logo emenda: ;Não que pro homem não seja difícil. Mas o homem pode ficar ali, sentado naquela mesa de bar, falando piada masculina e altas sacanagens. Vai todo mundo rir. Mulher, não. Já existe aquela caretice. Ainda acho que o Brasil é um país familiar. De pernas pro ar fez sucesso, porque mostra vibrador, uma mulher gozando, mas é uma mulher que tem uma família, com marido e filho;.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação