Diversão e Arte

Correio conta a história da tradicional família circense Portugal

Correio conta também narrativas da nova geração de mágicos brasilienses e as aventuras de um integrante da Cia. Circênicos no Polo Sul

postado em 27/03/2013 08:00

Foto de integrantes da família Portugal nos tempos da inauguração de Brasília

Na família Portugal ninguém nasce. Vir ao mundo é apenas a estreia de uma trajetória que será vivida dentro do picadeiro de um circo. Uma teia teria de ser entrelaçada para dar conta de todos os membros da numerosa família, verdadeiro testemunho da história do circo e do entretenimento no Brasil. As coisas começam na América do Sul no dia em que o português Antônio dos Santos Portugal encontrou a espanhola Florípedes de Castro, artista de um circo de família em temporada em Porto Alegre, lá pelos idos de 1870. Antônio, um lusitano alto e forte, recém-chegado ao Brasil, se enamorou pela acrobata, filha do dono do circo, e resolveu se transformar em artista para ser aceito na família. Tantas fez Antônio que o pai da moça lhe concedeu o direito a desposá-la. O casal iniciou a matriz de uma de uma antiga família circense brasileira em ativa até os dias atuais e presente na história de Brasília.

O Circo Portugal estava na empoeirada capital quando o então presidente Juscelino Kubitschek inaugurou sua maior obra em 21 de abril de 1960. A tenda montada longe das asas do avião, na Cidade Livre, recebia principalmente operários da construção civil, mas também políticos do alto escalão do governo. Nas noites anteriores e posteriores à inauguração, a amostragem da plateia dizia muito sobre a demografia da capital naquele período. ;Nós fazíamos bolão para adivinhar quantas mulheres e crianças viriam ao espetáculo. Normalmente, vinham três ou quatro. Uma vez, havia somente uma;, relembra o mais antigo representante da família, Herminson de Carvalho Portugal, com 73 anos.

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