Aos 90 anos, completados em 22 de novembro de 2012, a cantora Marlene, um dos maiores ícones da era de ouro do rádio brasileiro, desacelerou os passos. Mora em Copacabana, no Rio, onde vive com duas acompanhantes, sai pouco de casa. Faz passeios pelo bairro e, às vezes, visita alguns amigos. O descanso é mais do que justo para uma mulher que, por tantas décadas, doou-se inteiramente à vida artística. Para o seu público, tão fiel e destemido que se transformou em instituição, a obra da artista permanece imperecível. Além de quatro livros sobre a intérprete publicados recentemente, está planejado o lançamento de uma caixa com os mais importantes álbuns dela ainda para este ano.
A paulistana Victória Bonaiutti de Martino tornou-se Marlene aos 16 anos, quando estreou profissionalmente na Rádio Tupi. O rádio, aliás, está atrelado a algumas das principais passagens da trajetória da artista. Já no Rio de Janeiro, esteve na Mayrink Veiga, na Globo e, finalmente, na Nacional, onde alcançou a fama nacionalmente. Foi em 1949 que ela ganhou o título de Rainha do Rádio, reiterado no ano seguinte e motivo de uma enorme rixa midiática com outra rainha da época, Emilinha Borba. Marlene enveredou-se com sucesso também pelo cinema, pelo teatro e pela tevê, como atriz, e foi a primeira brasileira a se apresentar no Olympia, de Paris, a convite de Édith Piaf.
Confira vídeos de Marlene
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