[VIDEO1]
O francês Jean Manzon foi jornalista, fotógrafo e documentarista da cultura brasileira. Foi polêmico, inovador e, por isso mesmo, lembrado até hoje no meio jornalístico. Na fotografia, Manzon conseguia aliar a objetividade jornalística a um trabalho estético apurado. Transformou-se em um dos grandes nomes do modernismo fotográfico brasileiro. Como cineasta, produziu documentários registrando vários traços culturais do Brasil ou se embrenhando em viagens para registrar o encontro com o exótico.
Um pequeno fragmento do trabalho do artista ;homem de jornalismo; acaba de ser encontrado por pesquisadores do Arquivo Público do Distrito Federal. É um pequeno documento, mas uma prova importante para o registro da história do audiovisual brasiliense: uma carta de três páginas enviada do Rio de Janeiro por Manzon. A correspondência contém as preocupações pessoais do fotógrafo com o registro da construção de Brasília. Enquanto detalha alguns dos detalhes da produção, como orçamento e distribuição.
Em papel timbrado da companhia cinematográfica Jean Manzon Films S.A, a carta datilografada foi endereçada ao presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), o senhor Israel Pinheiro. Datada de 27 de agosto de 1957, a correspondência deixa transparecer questionamentos em torno da propagação das ideias de criação de Brasília: ;O homem da rua não sabe até agora quais os reais e imperiosos motivos de mudança da capital. Sob o peso de uma demagogia desenfreada, o povo está desarmado psicologicamente, sem saber como rebater os argumentos apresentados pela oposição. A verdade é que não foi feita a educação da massa a respeito de Brasília, advindo daí os maiores embaraços no sentido de esclarecimento popular;, escreveu o mestre francês.
Confira os documentos
