Em abril do ano passado, o pianista e acordeonista João Bittencourt foi convidado para tocar no lançamento do livro O inventário de Julio Reis, do jornalista Fernando Molica, neto do compositor homenageado. Molica tinha algumas partituras do avô e enviou-as para João, que ficou fascinado com a obra. A curiosidade levou o carioca até a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, onde conseguiu outros registros, ponto de partida para a criação do álbum João Bittencourt apresenta Julio Reis. ;Quando conheci a obra do Julio, dei-me conta que ele nunca tinha sido gravado. Então, não pensei duas vezes: iria gravá-lo. Não fazia sentido um compositor de tamanha importância histórica e uma obra tão ampla continuarem desconhecidos;, conta João.
Contemporâneo de Ernesto Nazareth, Julio Reis (1863-1933) criou mais de 200 músicas, entre elas, polcas, tangos, quadrilhas e valsas. A pluralidade do compositor paulista foi um desafio para o pianista, que precisou escolher 15 temas, entre centenas, e fez questão de ser fiel aos arranjos originais. ;Quis apresentar um panorama geral da obra dele nesse primeiro CD, sem focar em nenhum estilo específico. Mas, com certeza, o maior desafio foi a falta de referência. Minha única fonte eram as partituras. Não havia gravações;.
Valse serenade, Quem cala consente e Meu sonho são algumas preferidas de João que, em 15 anos de carreira, participou de 25 espetáculos teatrais, entre eles, Ópera do malandro, Gota d;água e R & J de Shakespeare ; Juventude interrompida, com qual foi indicado ao Prêmio Shell pela trilha sonora. Ao lado da diva Bibi Ferreira, ele tocou em Bibi in Concert 3 ; Pop, histórias e canções e Bibi canta e conta Piaf. ;Sempre achei incrível trabalhar com a Bibi. Ela tem muita força e isso contagia quem está em volta. É muito bom ver alguém com tanta garra e dedicação. Ela sempre me recebeu muito bem;, revela João.
[VIDEO1]
A matéria completa está disponível para assinantes. Para assinar, clique .