Ney Matagrosso sempre foi transgressor. Em pleno período da ditadura, à época do Secos & Molhados, enfrentou a censura com a nudez e uma performance cênica que chocavam. Ao longo da carreira, cantou músicas de apelo erótico e de duplo sentido como Por debaixo dos panos (Cecéu) e Folia no matagal (Eduardo Dussek) . Ele sempre foi assim e nunca escondeu sua orientação sexual, afrontando os preconceituosos de plantão.
Em Atento aos sinais, o CD que acaba de lançar, não poderia ser diferente. Ney gravou duas músicas que remetem claramente às manifestações de rua que eclodiram em várias cidades brasileiras ; inclusive em Brasília ; em junho último. Como por premonição, as incluiu no repertório do show homônimo, que estreou em Belo Horizonte um mês antes.
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Trecho da letra de Rua da passagem (Arnaldo Antunes e Lenine) diz: ;Todo mundo tem direito à vida/ E todo mundo tem direito igual / Travesti, trabalhador, turista, solitário, família, casal / Todo mundo tem direito à vida/ Todo mundo tem direito igual;. Já em Incêndio (Pedro Luís), Ney solta a voz: ;Fogo, fogo, fogo, água/ Incêndio nas ruas/ Bomba, bomba, bomba, praça / Plástico, jornal, rajada, contagem, atraso/ Pânico pulseira, brinco, colar/ Carteira, rádio, anel, sacola;.
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