Diversão e Arte

Morte de García Márquez causa comoção de admiradores nas ruas e na web

A frase do uruguaio Eduardo Galeano resume a onda de comoção causada pela morte de Gabriel García Márquez. Admiradores do escritor colombiano prestam homenagens nas ruas e nas redes sociais

Adriana Izel
postado em 19/04/2014 09:13
A terra tremeu, como em um choro de lamento, pela partida do escritor colombiano Gabriel García Márquez, morto na última quinta. Um terremoto de 7.5 na escala Richter alcançou o México na madrugada de quinta para sexta-feira, poucas horas após o anúncio da morte do autor de Cem anos de solidão, aos 87 anos. A coincidência bem que poderia ter saído de uma das linhas criadas pelo mestre do realismo fantástico. Talvez o mundo tenha sentido desolação similar à do militar reformado de Ninguém escreve ao coronel (1961), sempre à espera de uma nova correspondência ; ou de um novo livro, repleto de histórias geniais.

Colômbia: tributo na cidade natal de Gabo, Aracataca, e na capital do país, Bogotá

García Márquez estava com a saúde fragilizada devido a um câncer linfático. Acatando à risca os ideais de descrição no trato à imprensa ; regra cumprida em vida pelo ganhador do prêmio Nobel de literatura em 1982 ;, a família, até o fechamento desta edição, não havia se posicionado publicamente sobre os preparativos para a despedida de Gabo. Ontem de manhã, um comunicado feito por María Cristina García e Jaime Abello, do Instituto de Belas Artes do México, em frente à casa em que morava o escritor, revelou que o corpo dele deverá ser cremado em cerimônia particular, com data não divulgada.

[SAIBAMAIS]

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, decretou luto oficial de três dias no país durante anúncio televisivo. No México, haverá uma cerimônia fúnebre na segunda-feira, marcada para acontecer no Palácio de Belas Artes, no centro da capital. Essa deve ser a única ocasião em que os admiradores das obras do escritor poderão participar e se despedir oficialmente.


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