Diversão e Arte

Geraldine Chaplin conta que aprendeu disciplina com o pai, Charlie Chaplin

Em entrevista, Geraldine contou ao Correio como gosta de observar as pessoas para compor o material da atuação e como é preciso se adaptar a diversos modos de direção quando se faz cinema

Nahima Maciel
postado em 30/08/2014 08:48
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Geraldine Chaplin passou mais da metade da vida entre dois continentes. Nasceu na Califórnia, mas viveu em Londres, Paris, Madri e Suíça. Filmou com diretores norte-americanos, ingleses, espanhois, chilenos, dominicanos, franceses e italianos e herdou do pai, Charles Chaplin, a certeza de que a disciplina faz o ator. A atriz desembarcou em Brasília na noite de quarta-feira para participar do Brasília International Film Festival (BIFF), no qual é homenageada com uma mostra de sete filmes escolhidos por ela. Entre eles, estão clássicos como Nashville, de Robert Altman, Doutor Jivago, o longa que a fez descobrir o gosto pela atuação, e Chaplin, no qual interpreta a própria avó.

Aos 70 anos, completados no último 31 de julho, Geraldine confessa que odeia envelhecer porque não se sente com a idade que tem. Magrinha, baixa como o pai, ágil e generosa ; ela não nega uma careta ao pedido do fotógrafo ;, a atriz veio a Brasília em companhia do marido, o cineasta chileno Patricio Castilla, que conheceu no set de filmagem de um longa de Carlos Saura, com quem era casada. Foi há 35 anos, segundo Geraldine, que os dois decidiram passar o resto da vida juntos. ;Meu marido é minha raiz;, comenta a atriz, que estudou para ser bailarina e acabou atrás das câmeras.
A direção será da francesa Valérie Donzelli, que herdou o roteiro. Geraldine também está em La maison du lys tigré, de Pascal Thomaz, e em Monsters Calls, dirigido pelo espanhol Juan Antonio Bayona, com quem fez O orfanato. Nesse longa, ela contracena com Liam Nisson e Sigourney Weaver em uma história de fantasia sobre um menino que conversa com os monstros. Em entrevista, Geraldine contou ao Correio como gosta de observar as pessoas para compor o material da atuação e como é preciso se adaptar a diversos modos de direção quando se faz cinema.
Aos 70 anos, tendo sido musa de diretores míticos como Carlos Saura e Robert Altman, com 120 filmes no currículo, a idade pesa?
Eu odeio envelhecer mais do que qualquer coisa no mundo. Odeio ser velha, tenho 70 anos. Odeio o fato de a minha mente estar envelhecendo e o corpo estar envelhecendo. De um dia para o outro, me dei conta de que tenho 70 anos. O desequilíbrio entre o que você sente e o que ainda se pode fazer é enorme. Você continua se apaixonando por homens jovens ou velhos ou por uma mulher (não sei), mas sabe que esse amor talvez não venha a se realizar.

Algum arrependimento?
Tenho meus arrependimentos como todo mundo tem. Eles me aparecem à noite, quando me deito, como galinhas chegando ao galinheiro. Mas não me deixo levar por isso. Eu não poderia ter sido uma pessoa mais sortuda na minha vida.
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