Diversão e Arte

Jovens de diversas áreas da arte ajudam a transformar a cena cultural

Envolvidos com artes, empreendedorismo, cultura urbana e design em Brasília, eles se tornaram influenciadores do projeto Retrato Brasília

Adriana Izel
postado em 19/10/2014 08:03

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A identidade de Brasília vem se consolidando nos últimos anos. A cidade, que já foi apenas a capital do rock ou do funcionalismo público, agora, caminha para ser sinônimo de diversidade cultural. Boa parte desse processo está acontecendo devido ao esforço de pessoas ligadas a diferentes áreas, como artes, empreendedorismo, cultura urbana e design. Os influenciadores podem ser encontrados em coletivos culturais, em eventos e nos espaços públicos que, cada vez mais, são ocupados pela população brasiliense.


[SAIBAMAIS]Alguns dos principais nomes envolvidos nessas articulações da efervescência cultural brasiliense foram identificados pelo projeto Retrato Brasília, uma realização do Banco do Brasil em parceria com o Correio Braziliense, que propõe a construção de um mapa comportamental da cultura jovem da cidade por meio de uma série de estudos, debates, performances e apresentações artísticas, que seguem até o fim do ano. Conheça ao lado as personalidades destacadas na primeira fase do Retrato Brasília que movimentam a cena.

Bárbara Albuquerque
Pernambucana, mas brasiliense de coração, a bailarina Bárbara Albuquerque, 21 anos, mudou-se para a capital para estudar artes cênicas na Universidade de Brasília (UnB) e integrou o Ballet de Brasília, de Giselle Santoro. Após conquistar uma bolsa de estudos, chegou a viver dois anos em São Francisco, nos Estados Unidos, onde atuou como solista e professora de balé clássico. As experiências fizeram com que ela se sentisse na obrigação de compartilhar tudo o que vivenciou em Brasília.

Daniel Spot
Daniel Amaro, 31 anos, mais conhecido como Daniel Spot, é DJ e trabalha como produtor cultural há 12 anos. Ele começou a produzir eventos na UnB ao lado do amigo e sócio Gustavo Bill. Atualmente, comanda dois projetos fixos: o Cineme-se e a Moranga. O primeiro acontece desde dezembro do ano passado, todas as terças, e tem como objetivo valorizar a produção cinematográfica da cidade ao exibir curtas de diretores brasilienses. ;O Cineme-se teve dois impactos: na diversão da terça-feira e outra na produção de Brasília. Estamos abrindo espaço para os diretores mostrarem seus trabalhos e as referências deles;, explica.

Dudu Maia
Há pelo menos quatro anos, o músico Dudu Maia, 37 anos, traz o olhar estrangeiro para a capital. O bandolinista coordena há nove anos workshops nos Estados Unidos dedicados ao choro. No projeto, ele apresenta o método que criou e ensinou na Escola Raphael Rabello do Clube do Choro. ;Quando comecei a tocar bandolim, há 16 anos, a gente não tinha material de conteúdo. A partir dessa necessidade, procurei caminhos de estudar e entender;, conta. Além de ter criado um novo jeito de estudo, Dudu montou, há três anos, um estúdio em casa, na Asa Norte.

Pedro Sangeon
O ilustrador e artista plástico Pedro Sangeon, 34 anos, é o autor do personagem Gurulino, o desenho com olhos e cabeça grandes que estampa passagens subterrâneas, paradas de ônibus, orelhões e espaços públicos . Além disso, Sangeon também produz arte urbana de modo geral como grafite, lambe-lambe e stickers. Atualmente, ele se dedica a estudar a capital, especialmente o Plano Piloto. ;Busco estudar Brasília para encontrar as brechas físicas e ideológicas e deixar meu desenho abrir uma via de diálogo e reflexão com a cidade e o público;, afirma.

Raquel Pellicano
Formada em artes plásticas pela UnB, Raquel Pellicano, 26 anos, é mais conhecida pelo trabalho como fotógrafa. Ela coordena o Espaço f/508, uma galeria e um estúdio de fotografia criado há nove anos por Humberto Lemos. O local oferece cursos, palestras e mostras com o objetivo de difundir a produção brasiliense, além de ter se tornado um ponto de encontro de amantes da arte. ;Atuamos na fundação na área de inclusão visual com uma oficina para deficientes visuais, levamos varais fotográficos para as periferias e fizemos o Libertas Caje, uma oficina realizada com os internos do antigo Caje;, lembra.

Roberto Dagô
Cenógrafo e artista plástico, Roberto Dagô, 24 anos, atua na cidade principalmente com o teatro, mas também tem trabalhos com intervenções urbanas, performances, dança e artes. Mas seu grande projeto é como integrante do coletivo cia. víÇeras, focado em teatro autoral. ;Estar entre esses nomes do projeto me fez ter uma perspectiva mais global das ações que desenvolvo. Me fez refletir sobre como podemos realmente gerar movimento em nossa cadeia produtiva e me deu uma sensação de segurança, ao saber que tem tanta gente querendo ver a cara da nossa arte;, ressalta.

Santiago Mourão
Envolvido com artes plásticas e música desde a adolescência, o ilustrador e produtor cultural Santiago Mourão, 33 anos, frequentou na juventude o Espaço Renato Russo, na 508 Sul, e a Escola de Música de Brasília ; dois ícones da cultura brasiliense ;, que foram fundamentais para a formação dele. ;Tudo que eu fazia era público. Era uma oferta que existia na cidade;, lembra. Hoje, Mourão faz produção de artes gráficas e também integra há um ano o coletivo Sindicato, que celebrará a data no próximo dia 25 com o projeto Motim.

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