Diversão e Arte

Brad Pitt vive a brutalidade da guerra em "Corações de Ferro"

O filme estreou na semana passada nos Estados Unidos e liderou a bilheteria com arrecadação de 23,7 milhões de dólares, mas só deve chegar ao Brasil em fevereiro de 2015

Agência France-Presse
postado em 24/10/2014 10:09

"Corações de Ferro", filme mais recente de Brad Pitt, apresenta uma visão sem precedentes sobre a guerra, que muitos podem considerar muito cruel e difícil de assistir, mas que tem a violência justificada pelo diretor como um ;realismo sincero;.

Durante as filmagens do longa-metragem, que narra uma história sobre a Segunda Guerra Mundial com várias cenas de massacres em grande escala, um dublê ficou ferido ao ser apunhalado com uma baioneta. "A guerra é violenta. Tudo é realista", explicou à AFP o diretor David Ayer, que afirmou que muitas cenas foram baseadas em relatórios militares redigidos após os combates. "A triste realidade é que os soldados americanos executaram muitos prisioneiros durante a Segunda Guerra Mundial. Foi como uma epidemia", acrescenta.

O filme, que estreou na semana passada nos Estados Unidos e liderou a bilheteria com uma arrecadação de 23,7 milhões de dólares, deve chegar aos cinemas brasileiros em 5 de fevereiro de 2015. "Fury", no original, acompanha os cinco membros de um tanque Sherman conduzido por Brad Pitt, que interpreta o experiente sargento Wardaddy.

O grupo consegue entrar nas fileiras inimigas nos últimos dias da guerra em 1945 na Alemanha. Este não é o primeiro filme de Pitt passado na Segunda Guerra Mundial, já que ele foi o protagonista de "Bastardos Inglórios" (2009), do diretor Quentin Tarantino.

Como no longa-metragem de Tarantino, "Corações de Ferro" tem uma boa dose de mortes violentas de oficiais das SS. O banho de sangue aparece logo na primeira cena, quando Don ;Wardaddy; Colier apunhala um alemão no olho, pouco antes de iniciar uma execução sumária que serve de teste para o mais jovem do grupo, Boyd ;Bible; Swan, interpretado por Shia LaBeouf. "O filme conta os efeitos tóxicos da guerra e as consequências sobre esta família de homens que tentam sobreviver", afirma Ayer.

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O diretor destacou que História tende a esquecer a selvageria e ferocidade dos aliados que derrotaram os nazistas. "Como a Segunda Guerra Mundial foi a vitória dos bons sobre os maus, e porque a libertação da Europa foi algo tão positivo, existe a ideia de que os combates foram mais limpos", disse Ayer.

Unidos pela tensão

Pitt, LaBeouf e o restante do elenco, formado por Michael Peña, Logan Lerman e Jon Berthal, passaram por um duro treinamento militar coordenado pelos soldados de elite americanos, os Navy Seals. Ayer chegou a organizar pequenas lutas entre Pitt e outros atores entre as cenas para manter o espírito bélico. "A preparação nos deixou muito unidos", revelou LaBeouf ao apresentador e humorista americano Jimmy Kimmel.

"Não é possível compartilhar tudo com uma simples conversa e este grupo de caras neste tipo de ambiente. Lutar realmente nos uniu". O diretor afirmou que os atores passaram por uma transformação com a experiência, o que pode ser sentido na tela do cinema.


O acidente com o dublê aconteceu quando corpos estavam sendo empilhados no campo de batalha. "Eles haviam ensaiado para a cena, um jovem apunhala vários manequins. Mas por alguma razão atingiu seu companheiro de cena com uma baioneta", disse Ayer. De acordo com o cineasta, o ator não sofreu ferimentos graves.

A violência do filme recorda a dinâmica dos jogos eletrônicos, nos quais o usuário atira contra tudo o que se movimenta. De fato, antes da estreia, o tanque de Pitt apareceu no jogo .

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