Diversão e Arte

Mostra de cinema discute a ditadura na América Latina

Três filmes serão exibidos. As entradas são gratuitas

Ricardo Daehn
postado em 24/11/2014 12:24
Três filmes serão exibidos. As entradas são gratuitas

Uma revisão de períodos turbulentos da política latino-americana compõe a mostra de cinema Marcas da Memória, a partir desta segunda-feira 24/11), no Espaço Itaú (CasaPark). Enxuta e com entrada gratuita para os três filmes a serem exibidos - sempre às 18h -, a mostra traça panorama dos regimes ditatoriais do período. A atração de hoje é 500 -- Os bebês roubados pela ditadura argentina.

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O filme foca o drama de mulheres que tiveram feridas perpétuas que ultrapassaram os sete anos da vigência do período da ditadura. O centro do longa é a busca incessante por crianças raptadas ou nascidas em terreno sob domínio de roubos e desmandos de torturadores.

Coprodução entre a França e o Brasil, a fita registra a saga das avós da Praça de Maio, no esforço pela devolução das identidades aos parentes perdidos. Numa das frentes, está a criação do Banco dos 500 associado aos comparativos de DNAs, artifícios que já solucionou 102 dos estimados 500 casos de bebês roubados.


Atração desta terça (25/11), o filme Os militares da democracia, de Silvio Tendler. Em foco, um tema inesperado: militares que se opuseram aos desmandos dos generais ditadores.

Finalmente, na quarta-feira (26/11), será exibido Eu me lembro (de Luiz Fernando Lobo). O longa se detém em memórias que possam estruturar uma realidade de verdade e de justiça, na visão dos destituidos pelo golpe de 1964. Sobressai a voz dos perseguidos políticos daquele período. Com recursos do Ministério da Justiça, o longa de estreia de Lobo revela etapas das ações da Comissão da Anistia e o alcance da organização, ao reparar parte das perdas de figuras como Carlos Marighela e Glauber Rocha.

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