Diversão e Arte

Tiago Abravanel conta sobre os desafios de ser um multiartista

Ator e cantor conta ao Correio a luta para derrubar os estigmas da carreira e fala sobre os desafios do novo caminho solo na música

Adriana Izel
postado em 27/11/2014 08:03
Ator e cantor conta ao Correio a luta para derrubar os estigmas da carreira e fala sobre os desafios do novo caminho solo na música

Cantar, dançar e atuar. Esses são os três talentos de Tiago Abravanel. Nascido em uma família artística, o caminho não poderia ser diferente. A mãe, Cíntia Abravanel, é diretora do Teatro Imprensa, em São Paulo, e montou alguns musicais. O avô é Silvio Santos, que dispensa apresentações. ;Com 8 anos eu já vivia nesse meio e era fascinado;, relembra o ator, em entrevista ao Correio.


O reconhecimento nacional veio após o musical Tim Maia ; Vale tudo, em que interpretou o Síndico. ;O que o espetáculo me proporcionou foi demais;, diz. O artista poderia ter ficado estigmatizado por ser neto de Silvio Santos ou pela interpretação de Tim Maia, mas conseguiu fugir dos rótulos. ;Meu sobrenome é independente e aos poucos as pessoas estão me enxergando;, revela Tiago, que, desde setembro, investe na carreira de cantor.

Ator e cantor conta ao Correio a luta para derrubar os estigmas da carreira e fala sobre os desafios do novo caminho solo na música

Como foi o seu envolvimento com a arte?
Nasci no teatro; minha mãe era administradora do Teatro Imprensa, em São Paulo. Com 8 anos, eu já vivia nesse meio e era fascinado pelo universo cênico. O teatro musical veio desde a minha infância, por conta dos desenhos da Disney e dos espetáculos a que eu assistia. A música também sempre esteve presente, assim como a dramaturgia. Agora, para o grande público, veio depois do Tim Maia ; Vale tudo, o musical.

Qual foi o seu primeiro trabalho no meio artístico?
Foi quando eu tinha entre 15 e 16 anos no musical Avoar, com Vladimir Capella. Era um espetáculo que falava sobre cantigas de rodas e brincadeiras de rua. Foi muito importante e especial.

No início da carreira você tinha algum receio de que o fato de ser neto de Silvio Santos interferisse negativa ou positivamente?
Na verdade, a questão de ser neto do Silvio Santos sempre foi um orgulho para mim. Mas, ao mesmo tempo, sempre foi uma coisa que me obrigava a mostrar para as pessoas que eu era mais do que só aquilo. O meu trabalho artístico era e é independente do que o meu avô faz. O meu sobrenome não poderia ter influenciado meu trabalho. Mas só. Aos poucos as pessoas estão me enxergando.

Como vê o mercado do teatro musical hoje no Brasil?
Graças a Deus tem crescido cada vez mais e as pessoas estão estudando o mercado. Cada dia, tenho mais orgulho de fazer parte disso. Mas acho que ainda existe uma falta de investimento na área de cultura, principalmente no teatro musical. Sei que não é só nisso, mas é óbvio que puxo para essa parte, na qual fiz carreira. Precisamos que novas produções sejam atendidas, que os espetáculos fiquem mais tempo em cartaz e que não seja valorizado apenas os musicais que vem de fora do Brasil. Precisamos valorizar as nossas produções porque ainda temos poucos espaços que possam receber essa demanda. O Brasil é o terceiro polo de teatro musical do mundo, então, a gente merece ter essa atenção.

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