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Veja os erros e acertos das séries da TV nos Estados Unidos

Comédias românticas fracassam e as sitcom permanecem em alta

Agência France-Presse
postado em 28/11/2014 12:01
Los Angeles - As comédias românticas fracassam, as sitcom permanecem em alta, um romance apaixonado e perigoso faz barulho e a Amazon ganha espaço na temporada de outono na televisão americana. A seguir, alguns dos acertos e erros da atual temporada da TV nos Estados Unidos:

Um romance perigoso

"The Affair", uma história de amor exibida pelo canal a cabo Showtime, "capturou a imaginação dos espectadores", resumiu Tom Nunan, produtor e professor da UCLA School of Theater, Film and Television.

Os atores britânicos Dominic West e Ruth Wilson são amantes trapaceiros, que contam diferentes versões dos mesmos acontecimentos, depois de um caso extraconjugal de verão com consequências devastadoras.

O programa tem recebido críticas positivas e registra audiência de 3,9 milhões de telespectadores por semana, um sucesso para os canais a cabo.

Comédias românticas em baixa

"Manhattan Love Story", que mostra um casal que se apaixona simultaneamente, e "Selfie", em que uma mulher se apaixona pelo homem contratado para ajudá-la a superar seu vício pelas redes sociais, estão entre as comédias românticas que não conseguiram ganhar o público e a crítica.

"Parece que a comédia romântica nunca funciona na televisão", inclusive quando são desenvolvidas a partir de produções cinematográficas, disse Robert Thompson, professor de cultura popular na Syracuse University em Nova York.

Caldeirão cultural nas sitcom

As comédias de situação (sitcom), uma fórmula efetiva na telinha, exploram novos temas sobre as minorias.

A série "Black-ish", produzida pelo canal ABC e já renovada para a segunda temporada, conta as aventuras de uma família de classe média negra, recordando um pouco "The Cosby Show", mas centrada na crise de identidade do pai.

"Cristela", outra comédia da ABC, testa novos desafios abordando os latino-americanos nos Estados Unidos, assim como "Jane the Virgin", uma adaptação da popular novela venezuelana "Juana la virgen".

Bastidores do poder


As séries sobre os segredos do poder em Washington já são produzidas há algum tempo. Um exemplo do sucesso é "House of Cards", do serviço online Netflix.

O lançamento mais recente, "State of Affairs", conta com a atriz Katherine Heigl, conhecida por "Grey;s Anatomy", que agora dá vida a uma analista da CIA que reporta os acontecimentos geopolíticos diários à presidente, interpretada por Alfre Woodard. O programa da NBC aproveita a onda de seriados políticos, mas recebeu críticas pouco entusiasmadas e uma reduzida audiência desde sua estreia este mês.

"Madam Secretary" da CBS, em que Tea Leoni interpreta uma política livremente inspirada em Hillary Clinton, é descrita pela crítica como "sólida, mas não espetacular".

Já o sucesso "Homeland", que está na quarta temporada e aborda as aventuras da super-espiã Carrie Mathison (Claire Danes), experimenta uma renovação depois do choque gerado pela morte de Nicholas Brody (Damian Lewis, vencedor do Emmy) na temporada passada.

Amazon se impõe

A Amazon, líder de vendas pela internet, "esperava por seu momento ;House of Cards;, que aconteceu agora com ;Transparent;", disse Nunan.

A série retrata a história de um pai transexual que deve encarar seus problemas de identidade sexual e o relacionamento com os filhos.

"É universalmente adorada pelos críticos e espectadores, que asseguram um momento histórico para a Amazon", acrescentou Nunan.

Zumbis

As séries sobre um mundo apocalíptico funcionam há muito tempo. O êxito de AMC com a série de zumbis "The Walking Dead" aumenta a cada temporada. Entre outros sucessos, neste outono estão "The Strain", sobre um vírus que transforma as pessoas em zumbis.

Ficção científica


"Utopia" quer retomar o gênero da ficção científica, criando uma comunidade ideal a partir de um grupo eclético de pessoas. O veredito: polegares para baixo depois de alguns episódios.



Thompson indica que é muito complexo, mas insiste que este gênero está longe de morrer. "Os que esperam que a ficção científica morra, morrerão antes que isso aconteça", concluiu.

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