Diversão e Arte

São divulgados os nomes dos representantes do Brasil na Bienal de Veneza

As obras de Antônio Manuel, Berna Reale e André Komatsu serão expostas no pavilhão brasileiro na 56ª edição do evento

postado em 16/12/2014 13:54

André Komatsu (1978), é formado em Artes Plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), em São Paulo, cidade onde vive e trabalha.

Os nomes dos três artistas que representarão o Brasil na da 56; Bienal de Veneza foram divulgados nesta terça-feira (16/12). A mostra, a ser realizada entre 9 de maio e 22 de novembro de 2015, apresentará obras de Antônio Manuel, Berna Reale e André Komatsu no pavilhão brasileiro. Os curadores Luiz Camillo Osorio e Cauê Alves, responsáveis pela concepção do pavilhão, selecionaram os artistas que representarão a arte brasileira no evento. A exposição recebeu o nome de É tanta coisa que nem cabe aqui, inspirado pelos cartazes das manifestações que tomaram as principais capitais brasileiras em junho de 2013.



[SAIBAMAIS]De acordo com a dupla de curadores, a escolha dos artistas teve como principal critério a relevância das poéticas na cena contemporânea e, ao mesmo tempo, o pertencimento a uma história, não só da arte, mas da conflituosa sociabilidade brasileira. ;O enfrentamento da ditadura no final da década de 1960 obrigou alguns artistas a um tipo de engajamento no qual estratégias conceituais vinham aliadas à precariedade material e à fragilidade corporal. Tais ações e obras, sem perda da intensidade lírica, fraturavam as formas instituídas de percepção da realidade;, comentaram, em nota.

Os artistas
Antonio Manuel faz parte desta geração e se mantém, desde então, com uma obra em que o rigor construtivo recusa qualquer tipo de discursividade ilustrativa, sem abrir mão de sua tonalidade política. Em diálogo com a obra dele, estão os outros dois artistas cujas trajetórias já nascem no século XXI: a paraense Berna Reale e o paulista André Komatsu. ;Nos dois artistas destacamos o mesmo destemor no uso do corpo e da materialidade crua à nossa volta, trazendo à luz o que fica à margem do visível, mas que revela os conflitos de um país e de um mundo fragmentado e brutal;, destaca Osorio. O contato direto com a rua é, também, comum aos três artistas ; por isso, o nome da mostra é inspirado por manifestações sociais.

Pavilhão brasileiro
A mais antiga das grandes mostras internacionais de arte, a Bienal de Veneza oferece, a cada dois anos, uma grande exposição coletiva e dezenas de pavilhões nacionais. O pavilhão do Brasil foi construído em 1964 no espaço mais prestigiado do evento italiano, o Giardini. Desde 1995, a responsabilidade por essa escolha foi outorgada pelo governo Brasileiro à Fundação Bienal de São Paulo.

As participações brasileiras no evento são organizadas em colaboração conjunta entre o Ministério das Relações Exteriores, que mantém o pavilhão brasileiro; o Ministério da Cultura, por meio do aporte de recursos da Fundação Nacional de Arte (Funarte) ; e a Fundação Bienal de São Paulo ; responsável pela escolha do curador e produção das mostras.

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