Diversão e Arte

Governo da Malásia proíbe lançamento de 'Cinquenta tons de cinza'

"A comissão tomou a decisão em razão de o filme conter cenas que não são de conteúdo sexual natural", explica Abdul Halim, chefe do comitê

Bossuet Alvim
postado em 05/02/2015 18:18
Um dos filmes mais esperados do ano não chegará às telas da Malásia: ;Cinquenta tons de cinza; teve o lançamento cancelado pela Comissão de Censura Cinematográfica do país asiático, segundo comunicado emitido pelo órgão federal. "A comissão tomou a decisão em razão de o filme conter cenas que não são de conteúdo sexual natural", explica Abdul Halim, chefe do comitê, no texto oficial. "O conteúdo é mais sádico, incluindo cenas de uma mulher sendo amarrada a uma cama e chicoteada", detalhou o funcionário do governo malaio.



Orçado em US$ 40 milhões, o longa chegaria às telas da Malásia no próximo dia 12 ; um dia antes da estreia nos EUA. Dirigida por Sam Taylor-Johnson (;O garoto de Liverpool;), a adaptação do romance de E. L. James traz Dakota Johnson no papel de Anastasia, uma estudante de literatura que se submete ao jogo de sedução e sexo proposto pelo enigmático Christian Grey (Jamie Dornan).

As práticas de sadomasoquismo, dominação e bondage formam um dos eixos principais na obra literária, que já ultrapassou os 70 milhões de exemplares vendidos em toda a franquia ; completa por ;Cinquenta tons mais escuros; (2012) e ;Cinquenta tons de liberdade; (2012).

Em entrevista recente, a diretora do filme admitiu que a adaptação dos trechos mais picantes foi desafiadora para a produção. "Jamie contava com um dominador nos bastidores, para mostrá-lo como tudo funcionava, e eu tinha uma dominatrix que me ajudou a aprofundar conhecimento", revelou Taylor-Johnson à Porter Magazine.

Proibido no Brasil

No Brasil, os livros da trilogia ;Cinquenta tons de cinza; já foram alvo de proibição. Em janeiro de 2013, o juiz Raphael Baddini ordenou que volumes da obra de E. L. James ; acompanhados de outros 19 títulos com apelo erótico ; fossem recolhidos de lojas em Macaé, no Rio de Janeiro. A determinação do responsável pela Segunda Vara de Família, da Infância, da Juventude e do Idoso ainda especificava que as publicações só poderiam ser vendidas em embalagens lacradas, sem exposição nos estabelecimentos, por serem consideradas "impróprias". À época, cerca de 65 exemplares foram retirados de circulação.

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