Diversão e Arte

Nova geração de artistas brasilienses aponta ensinamentos dos veteranos

Grupo aponta as referências que adquiriram com os professores e amigos "mais antigos" da cidade

Nahima Maciel
postado em 08/02/2015 08:03
Elder, Gê, Raquel e Virgílio: referências estéticas e intelectuais

Eles entendem o sentido de pegar pela mão de uma maneira mágica. Não chega a mostrar um caminho, mas é quase. Na verdade, o caminho já está tomado, trata-se de ampliá-lo ou de ajudar a entender as bifurcações. Artistas têm mestres que lhe indicam sentidos. Estes não vão por terra, mas por ares ,que percorrem o intelecto e desembocam em verdadeiras revelações. Foi assim quando Eduardo Belga conheceu Sérgio Rizo.

[SAIBAMAIS]Belga é filho de médico e, desde pequeno, encantava-se com as ilustrações dos livros de medicina que povoavam a biblioteca de casa. Também desenhava muito, e sempre de forma espontânea. Quando teve as primeiras aulas com Rizo, compreendeu como as duas pontas do fio se juntavam no que se tornaria uma obra e uma área de pesquisa. ;Com ele, vi como as duas áreas casavam. Foi uma revolução. Meu trabalho fala disso até hoje;, conta Belga, professor da Universidade de Brasília (UnB). ;Era um período de despertar paixões, descobri uma coisa apaixonante que decidi consumir: desenhar gente e ver como era por dentro.;

Rizo dá aulas na Faculdade de Arquitetura (FAU-UnB) e sempre se ancorou no ensino do desenho. ;Meu ensino da arte sempre foi voltado para uma visão mais tradicional e, nesse sentido, procurei ser um especialista em desenho do corpo;, conta o professor. Até hoje, é a palavra mestre que Belga dirige a Rizo quando os dois se encontram.

Os nomes de Elder Rocha e Gê Orthof surgem com certa frequência quando jovens artistas da cidade apontam suas referências. Apresentar as possibilidades da linguagem da pintura é a tarefa do professor, mas, para a pintora Alice Lara, a postura de Elder carrega uma filosofia que justifica o título de mestre. ;Ele me ensinou a entender o que eu estava fazendo dentro do mundo da arte;, conta Lara, que cita outro pintor, Nelson Maravalhas, como referência na cozinha da pintura. ;O Maravalhas me ensinou a dar ainda mais valor ao trabalho braçal da pintura e a tudo o que há no mundo da arte de maneira mais atemporal.;

Para Virgílio Neto, que tem duas exposições marcadas para este ano em Brasília, Elder é referência fundamental. ;Ele acredita na produção da gente e sempre incentivou a produzir muito;, diz o artista. ;A gente era aluno, e exigir qualidade de um cara de 20 anos que está começando a pintar é difícil, mas ele colocava muito essa coisa da produção, de trabalhar, porque é isso que você vai fazer a vida inteira. Ele me influenciou muito e me fez acreditar no meu trabalho.;

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