Diversão e Arte

Temática política sempre esteve na obra do compositor Jorge Mautner

Desde a diversidade sexual à desobediência civil foram citadas pelo carioca

postado em 02/03/2015 08:03

Desde a diversidade sexual à desobediência civil foram citadas pelo carioca

Da plateia, um espectador esbravejou: ;Paguei para assistir a um show de música, e não discurso político;. No palco, os amigos e parceiros Jorge Mautner e Gilberto Gil dividiam-se entre canções, recriações, manifestos literários, citações e muita prosa. O ano era 1987 e a democracia havia sido restabelecida havia pouco. O cenário era propício para que o carioca e o baiano tocassem fogo no tablado e espalhassem seus ideais sobre negritude, sobrevivência e multiculturalismo.

[SAIBAMAIS]Juntos, Mautner e Gil fizeram cerca de 40 shows naquele formato. O registro de um deles aparece pela primeira vez em disco agora. O poeta e o esfomeado integra a recém-lançada caixa Jorge Mautner Anos 80 ; Zona fantasma, que compila, além desse trabalho inédito, os outros três álbuns lançados pelo compositor carioca naquela década: Bomba de estrelas (1981), Antimaldito (1985) e Árvore da vida (1988).

A verdade é que a obra de Jorge Mautner ; como comprovam não apenas os discos, mas também os livros escritos por ele ; trazem fortes pinceladas de política. Dos direitos homossexuais ao racismo, passando por desobediência civil e até ecologia, o compositor sempre optou por ser engajado. ;O antídoto para o holocausto são os ensinamentos de Jesus de Nazaré e os tambores do candomblé;, ensina Mautner ao Correio, por telefone.

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