Diversão e Arte

Mostra do curador Alfons Hug traz à tona idiomas indígenas das Américas

A exposição 'O papagaio de Humboldt' está em cartaz até 5 de abril, no Rio de Janeiro

postado em 30/03/2015 15:17
A exposição 'O papagaio de Humboldt' está em cartaz até 5 de abril, no Rio de Janeiro
Rio de Janeiro --
O curador Alfons Hug lançou em fevereiro deste ano a exposição O papagaio de Humboldt, no Oi Futuro Flamengo, no Rio de Janeiro. A mostra, que fica em cartaz até 5 de abril na cidade carioca, busca trazer à tona a realidade das línguas ameríndias, um patrimônio cultural. "Essa exposição é uma nostalgia do passado e também lembra as línguas que estão extintas", explica Alfons Hug em entrevista ao Correio.

Mapa com os idiomas e os locais em que eles são falados
[SAIBAMAIS]Diferemente do que pode-se esperar, a exposição idealizado pelo Instituto Goethe na verdade é uma instalação sonora. Com auxílio de 15 artistas de diversas nacionalidades (Brasil, Uruguai, Argentina, Chile, Bolívia, Peru, Venezuela, Paraguai, Alemanha, Equador, Guatemala, Costa Rica, Nicarágua e Panamá), o alemão Alfons Hug organizou salas com autofalantes que reproduzem alguns dos mais de 550 idiomas pesquisados indígenas. Há línguas retratadas na exposição que já foram extintss ou que são preservados apenas por uma pessoa.

A escolha pelo artistas que iriam participar do projeto foi baseada naqueles já tinham pesquisas e experiência na área. Assim, Hug chegou ao nomes como dos brasileiros Paulo Nazareth e Adriana Barreto responsáveis pelos idiomas Guarani-Kaiowá e Sateré-meuvés, respectivamente. Na versão da mostra que chegará em breve ao exterior (Itália, Alemanha e Chile), mais dois artistas serão incluídos no acervo.

A exposição 'O papagaio de Humboldt' está em cartaz até 5 de abril, no Rio de Janeiro
O nome da mostra foi inspirado no mito do papagaio explorador do naturalista alemão Alexander von Humboldt. "Ele fazia pesquisas e encontrou um papagaio que falava um idioma extinto", afirma o curador.

O papagaio de Humboldt
De curadoria de Alfons Hug e obras de 15 artistas (Adriana Barreto, Paulo Nazareth, Gustavo Tabares, Sofia Medici & Laura Kalauz, Rainer Krause, Sonia Falcone & José Laura Yapita, José Haumán Turpo, Muu Blanco, Javier López & Erika Meza, Ellen Slegers, Fabiano Kueva, Sandra Monterroso, Priscilla Monge, Raul Quintanilla e Orgun Wagua). Até 5 de abril, no Oi Futuro Flamengo (Rua Dois de Dezembro, 63 -- Flamengo), no Rio de Janeiro. De terça a domingo, das 11h às 20h. A entrada é franca.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação