Diversão e Arte

Financiamento coletivo permite que brasileiros banquem shows internacionais

A cantora dinamarquesa MØ virá ao país em maio por meio do crowdfunding

postado em 29/04/2015 07:35
Há alguns anos, seria impossível pensar em um show de uma cantora alternativa dinamarquesa no Brasil. Porém, a internet possibilitou uma nova ferramenta para fãs trazerem seus artistas prediletos: o crowdfunding. A prática, que consiste em uma ;vaquinha virtual;, surgiu como uma solução para a realização dos mais diversos tipos de projetos e produtos culturais e caiu no gosto dos brasileiros.

MØ ganhou destaque nos circuitos alternativos: som que mescla eletrônico e pop

Recentemente, o recurso começou a ser utilizado como um instrumento para trazer ao Brasil shows de estrelas internacionais em ascensão, e mesmo de bandas indies que, até então, tinham poucas chances de chamar a atenção das grandes produtoras. Foi pelo caráter de inovação e mobilização coletiva do crowdfunding que plataformas especializadas em importar atrações musicais do exterior começaram a surgir no país.

[SAIBAMAIS]O projeto Queremos! foi um dos pioneiros do segmento no país. O projeto nasceu em 2010 pelas mãos de cinco amigos cariocas que queriam ver artistas internacionais tocando no Rio de Janeiro. Já que a cidade, segundo eles, acabava ficando fora do circuito por conta do prejuízo de tocar para um público ;desinteressado;.

;A cidade estava meio esquecida e a gente queria mudar isso;, explica Pedro Seiler, um dos fundadores do Queremos. A princípio a proposta era trazer a banda sueca Miike Snow para o Rio, mas a ideia de ;fazer pelas próprias mãos; deu tão certo que, a partir daí, a plataforma se consolidou e começou a levar bandas para diversas cidades do país.

Hoje, a Playbook, a Embolacha, a Traga seu show, a Benfeitoria e a Kickante já apostam nas realizações musicais de artistas nacionais e internacionais. Os estrangeiros Chet Faker, The ilumineers, City and colour, The xx e The kooks foram alguns dos espetáculos realizados a partir da iniciativa dos fãs. O processo para realização varia em cada plataforma, mas a ideia é que o público indique as atrações e as cidades em que querem assistir às apresentações, compartilhem com o maior número de pessoas, para que possam engatar as pré-vendas e angariar o capital necessário ; junto com uma produtora.

Especiais

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;Os shows são mais especiais;, conta Pedro. Pela mobilização que os fãs precisam promover nas redes para trazer certos artistas, eles acabam se envolvendo muito mais com o evento. ;Muda a forma de interagir do público, que também precisa divulgar e acaba atingindo mais gente do que normalmente atrairia;. Com o número de pedidos que dão certo, mais pessoas se arriscam a engatar campanhas para trazer artistas de fora do ;mainstream;.

É o caso da dinamarquesa M;, que já vinha bombando nas redes, mas que parecia ter poucas chances de vir ao Brasil da forma convencional. Em uma campanha de poucos dias, ela foi escalada para se apresentar em Curitiba, São Paulo e no Rio de Janeiro em maio. Entre as próximas campanhas prestes a serem engatas, estão a cantora californiana Banks e o grande destaque do Grammy 2015, o britânico Sam Smith.

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