Diversão e Arte

Repórter Irlam Rocha Lima completa quatro décadas de Correio Braziliense

O jornalista baiano, que desembarcou na capital federal ainda na adolescência, relembra sua trajetória diante dos fiéis leitores

postado em 27/06/2015 07:30 / atualizado em 05/10/2020 12:57



Existem personagens cujas trajetórias se confundem com as histórias dos lugares que habitam. O jornalista baiano Irlam Rocha Lima é um desses casos. Afinal, nas últimas quatro décadas, não há o que o repórter não tenha visto ou vivenciado na cena musical da capital federal, que ele ajudou a construir ao abrir espaço para artistas de cujo sucesso desconfiava. Presença constante das noites da cidade, admirado por personalidades da MPB, Irlam foi pioneiro em um segmento jornalístico muitas vezes negligenciado, mas ao qual ele se empenhou em emprestar prestígio e credibilidade. Na semana em que completa 40 anos como funcionário do Correio Braziliense, ele relembra sua trajetória diante dos fiéis leitores.

Nascido e criado em Barreiras (BA), Irlam desembarcou na capital federal na adolescência, em busca de estudos. Penúltimo filho de uma prole de seis, a mãe, viúva que recebia uma pensão modesta, não tinha condições de mandar o rapaz para Salvador, o que seria um caminho natural. Como uma das irmãs já morava em Brasília, ele veio de mala e cuia para ganhar a vida.

A década de 1960 estava na metade e o programa Jovem Guarda bombava nas tardes de domingo. Irlam não perdia um. Morou em Taguatinga, depois em uma pensão na W3 Sul. Estudou no Elefante Branco e passou no vestibular de letras para a Universidade de Brasília (UnB). “Na época, o curso de jornalismo era um apêndice do de letras. Entrei para este, mas me formei em jornalismo em 1972”, conta ele.

A música já era objeto de interesse desde a infância, na Bahia, quando o serviço de alto-falante da pracinha de Barreiras divulgava Ângela Maria, Orlando Silva e Nora Ney, e chamava a atenção do moleque. As paradas de sucesso das rádios traziam Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro. O menino Irlam costumava anotar as letras cantadas por seus artistas preferidos. “Uma das primeiras músicas que me recordo de ter memorizado foi A noite do meu bem, de Dolores Duran”. Já em Brasília, trampando como office-boy de uma loja de eletrônicos, na Rua da Igrejinha, juntava o que sobrava de grana para comprar LPs. Em Taguatinga, era assíduo nas rodas de violão dos amigos, em que Chico Buarque e a bossa nova davam o tom até o dia amanhecer. “Eu não tocava nada, mas gostava de cantar”, diz ele.

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