Diversão e Arte

Batuqueiros trazem a cultura do Maracatu para as ruas de Brasília

Organizadores de projetos como o Tragavasilha, Seu Estrelo e Orquestra Alada criam mistura rítmica com as características da capital

postado em 14/07/2015 07:31

A Orquestra Alada é a vertente do grupo Seu Estrelo que cultiva o maracatu

Depois de colorir as ladeiras de Olinda (PE) com personagens que encarnam a essência da alma brasileira, o maracatu, que tem como fonte cultural o estado de Pernambuco, veio espalhar a magia de alfaias, agbês e agogôs pelas ruas de Brasília. Mas, diferentemente da tradição nordestina, que separa rigorosamente as categorias maracatu de baque solto e maracatu de baque virado, na capital, batuqueiros como Josivaldo Romão, organizador do projeto Tragavasilha DF, Randal Andrade, do grupo Tamnoá, e Tico Magalhães, líder da Orquestra Alada Trovão da Mata e do Seu Estrelo, criaram uma mistura rítmica com as características da cidade.

;Mais do que tocar, ser batuqueiro é olhar o mundo através do tambor.; Como ressalta o recifense Tico Magalhães, o maracatu não é apenas um ritmo, ele carrega cortejo, dança e história, sendo Brasília o lugar ideal para acolher tamanha diversidade. ;Pelos espaços abertos que Brasília proporciona, o tambor se encaixa muito bem na cena cultural da cidade.; Para Tico, o que parecia saudosismo pernambucano se tornou parte do cenário local e passou a traduzir a essência de Brasília. ;O maracatu é uma ligação com o lugar. Foi a partir dele que criamos brincadeiras que retratam a cidade.;

[SAIBAMAIS]

Movidos pela vontade de transmitir o conhecimento popular, músicos se espalharam por diferentes pontos de Brasília e fixaram o ritmo nordestino nas raízes do cerrado. Por meio de apresentações de maracatu e oficinas percussivas, Randal Andrade, idealizador do Tamnoá, leva para comunidades do Paranoá e Itapoã dinâmicas socioeducativas, com o objetivo de conscientizar sobre a riqueza afro-brasileira e despertar a curiosidade de diferentes gerações.

Já com um olhar histórico, o grupo Batuqueiras, constituído apenas por mulheres, usa o charme do ritmo para mostrar a força da ancestralidade. ;O maracatu é uma forma de resistir e manter viva a história de nossos ancestrais.; Segundo a batuqueira Layza Almeida, em um contexto de intolerância religiosa e cultural, o maracatu representa a luta pela valorização histórica do país.

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