Diversão e Arte

Channing Tatum protagoniza Magic Mike XXL, que chega hoje aos cinemas

O filme de Steven Soderbergh, que joga luz sobre uma trupe de strippers masculinos, direcionou os holofotes para Tatum

Ricardo Daehn
postado em 30/07/2015 07:30

A comédia dramática produzida por Steven Soderbergh mostra a jornada dos strippers que se preparam para sua última apresentação

Quando Magic Mike estreou em 2012, Channing Tatum ainda procurava sua identidade como ator. Ele já havia encarnado o herói de ação (G.I. Joe: a origem de cobra), o galã de romance à moda antiga (Querido John) e o bufão musculoso (Anjos da lei). Mas foi trazendo à tona sua faceta de dançarino exótico que o ator encontrou-se na indústria. O filme de Steven Soderbergh, que joga luz sobre uma trupe de strippers masculinos, direcionou os holofotes para Tatum, que, não só consolidou sua força como protagonista, mas mostrou sua ambição como produtor. O modesto orçamento de US$ 7 milhões, levantado de maneira independente por Tatum, multiplicou-se na bilheteria do filme, que faturou US$ 167 milhões em todo o mundo. Agora, ele volta aos palcos para uma derradeira apresentação em Magic Mike XXL, que chega nesta quinta-feira (30/7) aos cinemas.

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Desde então, o artista de 35 anos, que, antes da fama trabalhou como stripper, firmou sua parceria com Soderbergh, com quem voltou a trabalhar em Terapia de risco, e brilhou interpretando o lutador Mark Schultz em Foxcatcher: uma história que chocou o mundo, longa indicado a cinco prêmios Oscar. Com roteiro leve e atores carismáticos, o apelo de Magic Mike não se restringiu ao público feminino: o filme mostrava, em tom agridoce, a incursão de um jovem aprendiz de stripper pelo glamour e pelos perigos da profissão, tendo como guia Mike (Tatum).

O retorno do ator aos palcos não acontece sem brilho em Magic Mike XXL. O grupo de dançarinos, que ainda conta com os dotes físicos de Joe Manganiello (True blood), se reúne para uma viagem de carro que culminará em sua última performance antes de aposentar as sungas fio dental. A aventura pela estrada ainda é plena de álcool e danças sensuais, embora seja pontuada por um olhar mais autorreflexivo, com a preocupação em relação ao futuro e o real significado da arte de tirar a roupa no palco e hipnotizar mulheres. A jornada previsível, no entanto, é compensada pela energia dos atores, que se esforçam para fazer os personagens ganharem vida.

Desta vez, Soderbergh cede a direção para Gregory Jacobs, que trabalhou como assistente em praticamente toda a filmografia do diretor. O ;dono; do filme, no entanto, ainda é Soderbergh, que assina a produção executiva e também a direção de fotografia e edição, com os pseudônimos de Peter Andrews e Mary Ann Bernard, respectivamente.

Tela escaldante

Engatinhando no jogo da sensualidade, o cinema já no começo dos anos 1950 deu a justa medida da fantasia feminina, com a apertada camiseta Marlon Brando em Uma rua chamada pecado. Aos poucos, os astros mais descolados foram se liberando, em crescente exposição para fitas alternativas, até a chegada do permissivo nu frontal. Nesse front, se estabeleceram as clássicas participações de Alan Bates e Oliver Reed (Mulheres apaixonadas) e toda a sorte de poses do exibicionista Joe Dallesandro, em Flesh (1968), filme produzido por Andy Warhol.

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Num retrospecto, é interessante notar o despudor de atores das mais variadas nacionalidades que cutucaram (com vara curta, ou não) a censura. Até Tom Cruise já ficou pelado, em A chance (1983), e a postura audaciosa de se revelar foi disseminada, com direito a astros da envergadura de Richard Gere (em Gigolô americano), Alain Delon (Tratamento diabólico), Rob Lowe (A farsa), e até o inocente astro de Love Story, Ryan O;Neal, nu, na comédia Partners (1982).

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