Diversão e Arte

Novos artistas revitalizam a soul music e o R

Ao incorporar elementos atuais, nova geração do rhythm and blues e do soul renova o gênero eternizado por Marvin Gaye

postado em 02/08/2015 07:35

Frank Ocean: jovem e sem medo de experimentações sonoras, ele ajuda a injetar sangue novo no gênero

Ao falar do clássico rhythm and blues (R) e soul, duas das expressões musicais mais características da cultura negra, é difícil não pensar em nomes como Marvin Gaye, Barry White, Aretha Franklin, Al Green, entre tantos outros. No entanto, desde que essas lendas do estilo surgiram e deixaram suas marcas, nos anos 1960 e 1970, o ritmo passou por várias transformações até chegar à forma híbrida, mas ainda potente, que apresenta nos dias de hoje.

O som do cantor norte-americano Miguel, 29 anos, é um bom exemplo das transformações sofridas pelo R ao longo das décadas. Lançado no começo de julho, o elogiado Wildheart, terceiro álbum da carreira, é preenchido com a mesma dose de erotismo e sensualidade encontrada em Sexual healing, Let;s get it on (de Gaye) e no trabalho de artistas dos anos 1990 e 2000, como R. Kelly e Usher. É na maneira escolhida para falar sobre sexualidade e na sonoridade que a nova geração se distingue e se destaca.

Como apontou o site Pitchfork em sua crítica de Wildheart, Miguel abre o álbum cantando sobre acreditar em si mesmo, o que denuncia um ;comportamento mais positivo, e não obsessivo, relacionado ao sexo;. Esse clima de positividade e vulnerabilidade, que permeia todo o trabalho, é embalado por uma mistura de pop, rock, hip-hop e climas psicodélicos que ajudam a pintar uma imagem para a trilha sonora de uma noite a dois, clima que Wildheart oferece.

A mesma descrição feita acima serve para falar sobre o trabalho de outro jovem cantor que vem se destacando no R contemporâneo. Apesar de ter chamado a atenção por ter sido um dos primeiros artistas negros da cultura soul/R/hip-hop a ter assumido sentimentos por outra pessoa do mesmo sexo, Frank Ocean é reconhecido pelas melodias não convencionais e pelo estilo de canto discursado, uma das marcas de R. Kelly nos anos 1990, grande estrela do gênero. O primeiro álbum de Ocean, lançado em 2012 e intitulado Channel orange, foi bem-sucedido, principalmente pela maneira sincera com que lidou com desventuras amorosas, principalmente nos singles Pyramids e Thinking about you.

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