Diversão e Arte

Correio seleciona títulos que representam o melhor da literatura nacional

Sete romances recém-lançados reúnem o melhor da produção em língua portuguesa publicada nos últimos meses

Nahima Maciel
postado em 08/12/2015 07:31
Ronaldo Correia de Brito fez livro de contos nos quais retoma temáticas de romances O segundo semestre de 2015 foi generoso com a literatura em língua brasileira. Nos últimos dois meses, uma leva de pelo oito novos romances de autores nacionais e dois de lusófonos (Mia Couto e José Luis Peixoto) chegam às livrarias e merecem um olhar mais empolgado do leitor. Muitos deles podem aparecer nas listas de finalistas dos prêmios literários de 2016. Para quem quiser ficar em dia com a produção nacional e marcar gol na hora de conferir os premiados, a hora de começar a leitura é agora. O Diversão & Arte fez uma seleção de títulos que representam o melhor na literatura nacional (e alguns queridinhos de língua portuguesa) para guiar os aficionados nas leituras de fim de ano.

Mulheres de cinzas
De Mia Couto. Companhia das Letras, 344 páginas.
R$ 39,90
É na história de um Moçambique colonial que Mia Couto foi buscar o material para este primeiro volume de uma trilogia sobre o último imperador a dominar o Estado de Gaza, então parte da colônia portuguesa. Conhecido como Gungunhane, o personagem histórico travou batalhas com os portugueses para tentar manter o domínio da região. No livro, a trama central é o encontro entre um sargento e uma intérprete de uma tribo rival à de Gungunhane.


[SAIBAMAIS] Antes que seque
De Marta Barcellos. Record, 192 páginas. R$ 32
Vencedor do Prêmio Sesc de Literatura e estreia na ficção da jornalista Marta Barcellos, Antes que seque fala de mulheres, de seu papel na sociedade, das cobranças comuns, dos anseios diante da maternidade e de outros medos, receios e resignações. Em tom muitas vezes irônico, a autora carioca desfila histórias em tom de crítica diante do que é esperado pela sociedade quando se trata do universo feminino. Uma mãe que queria tanto os bebês, mas não sobrevivia sem babá, outra que não sabe o que fazer diante do ódio da filha, a dificuldade de engravidar e outras situações são as matérias-primas de Marta.
A realidade devia ser proibida
De Maria Clara Drummond.
Companhia das Letras, 106 páginas. R$ 23,90

;Um dia vou escrever um livro sobre essas pessoas;, avisa Eva, logo no início de A realidade devia ser proibida. ;Essas pessoas; são exatamente o tema desta pequena narrativa, o segundo romance da carioca Maria Clara Drummond. Eva é uma jovem que cresceu entre a mãe controladora e conservadora e o pai casado com uma milionária. As pessoas sobre a qual a narradora desfia considerações para lá de críticas são jovens que, como ela, vêm de um meio privilegiado e trazem no discurso um certo desprezo por tudo que é estranho a seu mundo. Mas Eva consegue enxergar a superficialidade e a banalidade das situações, o que faz da personagem uma figura interessante e curiosa.



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