Diversão e Arte

Festas com elementos da cultura de periferia crescem no Plano Piloto

Mas opiniões divergem sobre as vantagens de tal deslocamento

postado em 08/12/2015 07:32
Mas opiniões divergem sobre as vantagens de tal deslocamento
O aparecimento de festas de música negra no Plano Piloto não é tão recente. Algumas das mais conhecidas começaram há mais de 10 anos, mas a popularidade de eventos que reforçam o caráter underground ; com atrações como basquete de rua, batalha de MCs e grafite ; tem crescido. A explicação mais comum entre os produtores é de que a escolha da localização favorece diretamente o acesso de um público maior e mais diverso.

[SAIBAMAIS]O centro de Brasília é o espaço perfeito para atrações culturais, como teatros, cinemas, bares e festas, segundo o produtor da Makossa, Leo Cinelli. A festa sempre acontece no Setor Bancário Sul e o motivo é simples: ;Facilita o acesso do público, por ser uma área central;, explica Chicco Aquino, DJ há 10 anos da festa. Ele acrescenta que a zona central deve reunir a cultura de uma cidade e ser ponto de encontro. ;A galera vem de ônibus de Ceilândia, do Paranoá, da Asa Norte, do Lago Sul, do Guará, da Octogonal;, completa Leo.

É o que também pensa o produtor da festa Maloca, Marco Clarete. Ele destaca que quem mora na periferia costuma deslocar-se até o Plano para eventos underground, mas a retórica não é assim tão verdadeira. ;A galera quer se inserir no meio do hip-hop, mas, infelizmente, não vai ao entorno ver como é o movimento;, afirma.

Distância

Frequentadora dessas festas, a estudante Larissa Brenda Cordeiro pensa diferente: ;Muita gente da periferia deixa de ir porque tem que virar a noite para pegar o ônibus de volta;. A jovem, que mora em Ceilândia, valoriza eventos gratuitos e sugere que as festas black que acontecem no Plano também passem pelas cidades mais distantes do centro.

O mestre de cerimônias Hadda enxerga essas festas como um processo natural e benéfico à cultura hip-hop. ;O centro é o centro. Alguns eventos são mais elitizados, mas o centro é muito democrático, porque todo mundo se encontra lá;, afirma. É o que também pensa o DJ Hugo Drop, idealizador e produtor da festa Drop it like it;s hot, que começou no ano passado como uma comemoração do aniversário dele só para os amigos.

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