Diversão e Arte

Conheça o fotolivro, tendência no mercado de artes visuais

Com narrativas bem amarradas, essas publicações são vistas como uma obra em si

Nahima Maciel
postado em 13/12/2015 06:00

João Farkas fez retrato da ocupação humana da Amazônia

Livros de fotografia existem há algumas décadas, mas as facilidades trazidas pelo mundo digital fizeram dessa seara um pequeno paraíso para fotógrafos e editores. Impressoras caseiras, grande variedade de papeis disponíveis no mercado, softwares de edição e design gráfico acessíveis a qualquer usuário e uma infinidade de ferramentas digitais ajudaram a incrementar o mercado de edição de livros de fotografia. No entanto, preencher páginas em branco e agrupá-las não é o suficiente para definir um livro esse tipo de publicação. Os fotolivros, uma tendência antiga que ganhou impulso com as novas tecnologias, têm especificidades que editores e fotógrafos fazem questão de ressaltar: narrativa e unidade do material são essenciais. E alguns volumes recém-lançados podem servir de exemplo.

Iatã Cannabrava encontrou no próprio arquivo o material de Pagode russo, um pequeno livro formado por 47 imagens feitas em 1985, quando o fotógrafo visitou a Rússia para participar de um festival de juventude. São instantâneos de um cotidiano que, passados 30 anos, adquirem um significado narrativo particular. Editadas como se fossem uma história, as imagens trazem os ares de uma época, quando a cortina de ferro ainda separava dois mundos fisicamente muito próximos.

Para Cannabrava, um fotolivro, palavra que ele prefere à expressão ;livro de fotografia;, nasce da interação entre o fotógrafo, o artista gráfico e o editor. Não é uma compilação de imagens, nem trata de um tema específico ou da fotografia em si, e muito menos do fotógrafo. ;O fotolivro é uma obra em si;, avisa Cannabrava. ;Ele não precisa ter um texto de apresentação, não precisa de contextualização. Estamos falando de valorização, de mérito, de contar história com imagem.; Na Editora Madalena, Cannabrava e a fotógrafa Claudia Jaguaribe já publicaram 22 livros de fotografia, sempre com a intenção de conceber projetos profundamente marcados pela narrativa e pela pareceria entre fotógrafo e designer gráfico.

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