Diversão e Arte

Curso de Verão da Escola de Música de Brasília pode não acontecer

Tradicional no mês de janeiro, o evento ainda não tem data confirmada

Irlam Rocha Lima
postado em 06/01/2016 07:17
Orquestra Sinfônica do Curso Internacional de Verão, regida pelo maestro Ricardo Rocha: referência internacional

Um dos eventos mais importantes na área artística-cultural em Brasília, o Curso Internacional de Verão (Civebra), está seriamente ameaçado de não ocorrer. A iniciativa da Escola de Música (EMB) que tradicionalmente ocupa boa parte do primeiro mês do ano até o momento não tem data definida para ser levada adiante.

Segundo a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Educação do Distrito Federal, está descartada a realização em janeiro. ;Por enquanto não temos previsão de quando poderá acontecer o Curso de Verão (realizado sempre no período das férias escolares). Neste ano, as férias atrasaram, devido à greve dos professores em 2015. Só após 29 de fevereiro é que poderemos dar uma informação sobre esse evento;, respondeu a Ascom da Secretaria de Educação.

No ano passado, em 3 de janeiro, o Correio publicou matéria, intitulada Usina sonora, na qual anunciava a realização da 37; edição do curso para o período de 14 a 29 de janeiro, com a participação de 450 alunos e 26 professores, e a oferta de 44 disciplinas. Naquela época, mesmo com o enxugamento da estrutura, o Civebra foi realizado.

Na iminência do cancelamento do Curso de Verão, destacados músicos brasilienses, que têm uma profunda ligação com a Escola de Música, manifestaram preocupação em relação ao risco de o curso não acontecer. Todos são unânimes em sinalizar a importância do evento para a cultura do Distrito Federal e a repercussão que obtém nacional e internacionalmente.

História
;O Curso de Verão faz parte da história da capital. Criado pelo professor e maestro Levino de Alcântara, fundador da Escola de Música, inicialmente foi bancado pela iniciativa privada, com o apoio de embaixadas. Já na gestão do também professor e maestro Carlos Galvão, na década de 1990, o curso passou para o âmbito da Secretaria de Educação;, lembra o mestre do violão Paulo André Tavares, ex-professor da EMB. ;Torço para que essa referência cultural brasiliense não seja abandonada, até porque a arte e a música são maiores do que a política;, acrescenta.


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