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Confira entrevista exclusiva com Wesley Safadão

O cantor, que reuniu 40 mil pessoas em gravação de DVD em Brasília, fala sobre a guinada na carreira e os novos projetos

Adriana Izel
postado em 17/01/2016 06:25

O cantor, que reuniu 40 mil pessoas em gravação de DVD em Brasília, fala sobre a guinada na carreira e os novos projetos

O cantor Wesley Safadão se tornou um dos maiores fenômenos de audiência da música brasileira em 2015. Ele, inclusive, teve suas canções entre as mais tocadas do ano. O interessante é que a grande repercussão, que pareceu repentina para muitas pessoas, veio 13 anos após o artista dar início à sua carreira, quando assumiu o comando da banda Garota Safada.

O caminho para o sucesso, demonstrado quando ele reuniu mais de 40 mil pessoas na gravação do novo DVD no estacionamento do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, em Brasília, começou em 2013, quando ele assinou um contrato com duas grandes empresas, que passaram a gerenciar a carreira do cantor. O grupo mudou e agora tem apenas na nomenclatura o nome de Safadão, apesar de manter os integrantes.

As mudanças no visual e no nome surtiram efeito e fizeram com que o ano de 2015 fosse o melhor da carreira de Wesley Safadão. ;Não sou um artista novo no mercado e, ao ver tudo que se realizou em 2015, eu só agradeço a todos que fizeram desse ano tão surpreendente;, conta o artista. Neste ano, Safadão pretende continuar a colher os frutos do ano anterior. Ao Correio, ele fala sobre o sucesso em 2015, a ascensão do forró pelo Brasil e os novos projetos, como um dia cantar ao lado do Rei Roberto Carlos.

Você viveu um ótimo ano de 2015, rodando o país em turnê e com a gravação de um DVD com megaestrutura em Brasília. Qual o balanço que faz desse período?
Já são muitos anos na estrada, não sou um artista novo no mercado e, ao ver tudo que se realizou em 2015, eu só agradeço a minha família, meus fãs, minha equipe e a todos que fizeram desse ano tão surpreendente. É um resultado de muito trabalho e garra... Sem dúvida, foi o melhor ano da minha vida.

Você esperava que fosse se tornar um sucesso de público como é hoje na música brasileira?
Estou recebendo tudo isso como um presente, na verdade. Não esperava tudo que está acontecendo. O forró, muito embora seja respeitado no Brasil, não tinha tanta popularidade. O que acontecia é que o Norte e o Nordeste recebiam muito bem. Até viajávamos para São Paulo ou Rio de Janeiro, mas não íamos a outros lugares do Sul e do Sudeste, por exemplo.

Muita gente o considera um artista da música sertaneja, apesar de você ter passado a carreira como representante do forró. Como você define seu estilo musical?
Eu tenho que admitir que demorou um pouco para chegar a uma definição, mas, a partir de um certo momento, atingimos o objetivo dentro do nosso segmento, que é o forró, começaram então a abrir portas que não esperávamos e estamos aproveitando da melhor forma. É um turbilhão de emoções.

Quem são os artistas que te influenciam e o que você costuma ouvir?
As pessoas que convivem comigo dizem que sou movido a música, e não estão aumentando. Escuto desde reggae a rock;n;roll. A música liberta a alma, acredito nisso. Não sou uma pessoa de muitos ídolos. Tenho admirações por artistas que conseguiram construir histórias bonitas. Por que a Ivete Sangalo conseguiu ter uma história de sucesso e respeito? Assim como Jorge e Mateus também? Então, sempre que converso com ele é um aprendizado. Tem Roberto Carlos, por exemplo. Até dois anos atrás, nunca imaginei que seria possível cantar com ele. Mas hoje sonho com isso. Não sei se está perto, mas quem sabe um dia, talvez, sei lá?

Hoje o mercado brasileiro é dominado por ritmos que antes eram considerados de nicho, como forró, funk e sertanejo. Para você, o que causou essa virada?
A falta do novo no mundo e a recepção dele por essas pessoas. Esses ritmos foram pegando a realidade vivida pela população e colocando as batidas, os acordes, as notas e, por fim, a melodia. E o brasileiro se identificou com isso, com as letras e os ritmos.

Quando você gravou o DVD em Brasília, disse que queria lançar o mais rápido possível. Conseguiu cumprir esse prazo?
Em sonho que temos, sempre já visualizamos o fim disso tudo e às vezes esquecemos o trajeto dele. São problemas para ser resolvidos, repertório para definir, ordem, local, tempo, enfim, tudo. Foi um prazo pessoal que criei e não falei com muita gente, além da minha família, mas, no fim, não saiu muito fora do que tinha planejado é bem satisfeito com tudo.

O DVD em Brasília reuniu 40 mil pessoas. Como foi fazer um show para tanta gente fora do Nordeste?
Aconteceram muitas coisas no ano de 2015, mas o legal disso tudo é que tenho muitos anos de estrada. É muito tempo de preparo. Logo quando cheguei, aquele momento foi algo muito especial para mim, pois me sentia mais confiante e era mais uma realização pessoal conquistada. Só tenho a agradecer.

Em uma das faixas do DVD, você brinca que, para ouvir poesia, é preciso ir atrás de Roupa Nova e Djavan. Para você, o que sua música leva ao público?

Tento passar uma mensagem de alegria, de autoestima, mesmo cantando também músicas mais românticas. Eu até brinco que, em um relacionamento, você começa ouvindo Jorge & Mateus, termina com Pablo e, para dar a volta por cima, tem que ouvir Wesley Safadão.

Você terá seu próprio trio no carnaval. Como estão os preparativos para a folia?
É muito puxado, nesta época, em que começo um show às 15h e termino no outro dia, às 6h, para depois voltar às 15h novamente. Eu praticamente não durmo. Geralmente como, canto e cochilo. É mais ou menos isso! (risos). Temos shows no Ceará, no Piauí, em Pernambuco, no Rio Grande do Norte e em Salvador ; com quatro shows. Além de dois em Minas Gerais.

Você estará em Brasília em 30 de janeiro para o lançamento do DVD. Como é a sua relação com a cidade?
Fui muito bem recebido por todos. A energia deste lugar é maravilhosa e é tornou-se um marco em minha carreira.

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