Diversão e Arte

Livros-reportagem infantis tratam de assunto de gente grande

Malala, a menina paquistanesa que ganhou o prêmio Nobel da Paz aos 17 anos por lutar pelo direito das mulheres à educação, é um exemplo de personagem marcante que virou inspiração para os pequenos

postado em 18/01/2016 07:38

A história da paquistanesa Malala serviu como base para  Malala - A menina que queria ir para a escola

Das histórias para dormir a crônicas contadas por educadores, as crianças começam a receber as primeiras noções de realidade. Contos e fábulas, que formam a essência da literatura infantil, fazem parte da tradição oral secular e, diferentemente do que muitos pensam, não são apenas narrativas para incentivar fantasias. ;As histórias permitem que as crianças conheçam problemas da vida adulta e preparem a estrutura psicológica para receber informações da vida real;, explica a letrista e educadora Anna Cristina de Araújo.


;Ao observar a história da A bela e a fera, por exemplo, podemos ressaltar o perfil de fragilidade da menina, que é usada como moeda de troca para salvar a família;, exemplifica Anna Cristina. Ao citar a narrativa, a educadora explicita a realidade por trás da ficção e ressalta a importância de dar voz aos direitos humanos. Contudo, Anna Cristina lembra que nem sempre é preciso criar personagens para contar histórias inesquecíveis, pois a vida real é repleta de grandes enredos.


Malala, a menina paquistanesa que ganhou o prêmio Nobel da Paz aos 17 anos por lutar pelo direito das mulheres à educação, é um exemplo de personagem marcante do mundo real, que por meio das palavras da jornalista e escritora Adriana Carranca, no livro Malala ; A menina que queria ir para a escola, virou inspiração para os pequenos.
Inicialmente, a ideia era escrever um livro reportagem para adultos, como a jornalista havia feito com O Irã sob o chador e O Afeganistão depois do Talibã, mas o ambiente da região onde Malala vive levou a história ao universo infantil. ;Parecia um vale encantado dos tempos medievais, com príncipes e rebeldes, seres fantásticos e anciões da sabedoria;, explica a autora.


Para contar a história da menina, Adriana viajou até o vale do Swat, no Paquistão, onde ficou hospedada na casa de uma família que aceitou abrigá-la, visto que a entrada de jornalistas no local era proibida pelo Talibã. Na época, Malala estava em coma e a maioria das fontes de informação eram amigas de escola e da vizinhança.

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