O produtor musical brasiliense Biu Ramos acompanha de perto o vertiginoso crescimento do mercado de vinis pelo país, que segue uma tendência mundial. Não à toa, ele resolveu se aventurar pelo setor e adquiriu uma máquina de risca, justamente o aparelho próprio para a produção de um LP.
;Foram quase três anos de negociação. Demorei a convencer o dono original a vender. Depois, tive que enfrentar toda a burocracia de trazer o equipamento, que veio da Alemanha. A máquina passou três meses na alfândega;, conta Biu, que largou a vida de farmacêutico para adentrar a esfera musical. ;Cansei do balcão de atendimento. Quero cuidar de música agora.;
A opção pelos vinis, de acordo com o produtor, parte do anseio de ;trazer a música para o centro da sala novamente;. Algo que ele pretende fazer por meio da produção de LPs e da Lombra Records: ;A gravadora é um experimento social coletivo que surge da necessidade uma cena voltada à música, com ;m; maiúsculo;.
Depois dos primeiros testes realizados e aprovados, a produção começa a tomar força a partir da próxima semana. No momento, 12 bandas já procuraram a gravadora para encomendar o vinil. ;O diferencial é que podemos oferecer qualquer tiragem, de um único exemplar a centenas deles;, revela Biu.
Cada LP deve sair ao custo de, pelo menos, R$ 60. Ou seja, qualquer músico ou grupo da cidade que queira explorar a qualidade da som produzida pelo vinil, já pode vislumbrar a possibilidade de gravar um LP. ;O som é superior. O vinil pede ouvidos mais atentos;, recomenda o produtor.
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