Diversão e Arte

Uma dezena de filmes novos nas telas

Leque de opções é farto e inclui dramas e thrillers

Ricardo Daehn
postado em 07/04/2016 07:35
Leque de opções é farto e inclui dramas e thrillers

Nada menos do que 10 produções estreiam em Brasília, a partir de hoje. De portes variados, com filmes brasileiros absolutamente autorais como A bruta flor do querer e De onde eu te vejo, e ainda com superproduções, como Invasão a Londres, o leque de opções abraça as mais variadas tendências temáticas. Dramas (Deus não está morto 2 e A senhora da van), thriller (Decisão de risco) e até animação (Asterix ; O domínio dos deuses) estão na lista. Confira!

Deus não está morto 2
Depois de bom impulso com o faturamento do primeiro longa, em 2014, as espinhosas questões religiosas construídas nos textos publicados pelo autor Rice Broocks ganham continuação. No centro da polêmica, uma professora é perseguida, no âmbito jurídico, depois de expressar, em sala de aula, ideias polêmicas derivadas de estudos religiosos.

Rua Cloverfield, 10
Filme de estreia de Dan Trachtenberg, com a luxuosa produção de J.J. Abrams (Star Wars: O despertar da força), revela o destino de Michelle (Mary Elizabeth Winstead) que, após um acidente, se encontra em cativeiro. De lá, Michelle fica sabendo de uma conjuntura ainda mais aterradora do lado de fora da casa.

Asterix ; O domínio dos deuses
Frear a expansão do império romano de Júlio Cesar está nos planos do famoso Asterix, presente em variadas produções desde sua criação nos quadrinhos de 1959. Um fundo de proteção ecológica está contemplado no filme que chega a 40 cidades brasileiras, depois de levar quase 3 milhões de franceses às salas de cinema.

Astrágalo
Sob a direção de Brigitte Sy, também no elenco, é uma homenagem aos padrões da nouvelle vague francesa, com uma moça (Leila Bekhti) perambulando pelas ruas de Paris. Tido como um pequeno manual de sobrevivência pelas ruas, fala de imigração e ainda de prostituição.

Decisão de risco
Destaque nos recentes A dama dourada e Trumbo ; Lista negra, a inglesa Helen Mirren interpreta coronel à frente do comando de uma arriscada missão na África, neste tenso thriller que reabilita a carreira de Gavin Hood, passadas besteiras como X-Men Origens: Wolverine.

Invasão a Londres
Babak Najafi, cineasta de origem iraniana, expõe, em ritmo de aventura, a mais complexa cúpula de presidentes, no campo da ficção. Em cenário apocalíptico, o presidente americano (Aaron Eckart) defende a própria vida, depois de muitas baixas de líderes mundiais, no cenário de terrorismo.

A senhora da van
Candidata ao Globo de Ouro e ao Bafta, Maggie Smith é a razão de ser do filme de Nicolas Hynter . Baseado em peça de Alan Bennet, o filme mostra a afeição e a repulsa da vizinhança, diante da convivência com uma senhora que mora no interior de antigo veículo.

Crítica / Mais forte que bombas ###


No primeiro longa feito nos Estados Unidos, que toma emprestado título de álbum do The Smiths, o jovem diretor Joachim Trier desvia das atmosferas pesadas e constantes na biografia do parente distante dele, Lars von Trier, também dinamarquês.

Concorrente com filmes consagrados no circuito como O filho de Saul, Dheepan e Carol, no Festival de Cannes 2015, Mais forte que bombas explora um marcante drama denso. Não se afasta da linha de produção de Joachim Trier, que assinou Começar de novo, pré-selecionado pela Noruega, na corrida do Oscar; e por Oslo, 31 de agosto, ambos longas detidos na trajetória de jovens que pretendem superar derrotas pessoais.

Mais forte que bombas trata de uma extensa solidão, compartilhada por três homens interpretados por Gabriel Byrne (na trama, um patriarca abatido), Jesse Eisenberg (menos pernóstico do que de costume) e Devin Druid. Em cena, dois irmãos abalados com a perda da mãe, feita pela sempre marcante Isabelle Huppert.

Fotógrafa de guerra, Isabelle deixa fissuras apontadas como irremediáveis no seio da família, depois de sua morte. Invertida a perspectiva de dramas como O quarto do filho e Entre quatro paredes ; com pais sofredores ;, um discreto sofrimento silencia os filhos enlutados. Num difícil jogo de reconstrução, Joaquim Trier conduz um filme engrandecido pelo tom de discrição. Quem se revela, em cena, é o praticamente estreante Devin Druid, na pele do introvertido Conrad.
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