Diversão e Arte

Amigos de Ana Cristina Cesar comentam vida e obra da poetisa

Homenageada da próxima edição da Festa Literária de Paraty, ela teve a vida marcada por amizades intensas

postado em 28/04/2016 07:10
Sorridente, Ana Cristina Cesar faz pose para a amiga e professora Clara Alvim, em Brasília
Para saber quem foi a poeta Ana Cristina Cesar, um bom caminho é conversar com os amigos dela. Isso porque Ana C., como é conhecida entre os mais íntimos, gostava de bater papo por horas, trocar cartas, sorrisos e angústias com as pessoas com quem manteve um vínculo mais próximo. Dessas longas conversas, muitas vezes, era de onde a poeta buscava inspiração para os versos. Em outros momentos, as leituras que fazia incansavelmente de pensadores e grandes nomes da literatura serviam de base para o fazer poético da jovem autora.

Ana Cristina Cesar fundou uma vertente marcante na literatura brasileira contemporânea e é a homenageada da edição deste ano da Festa Literária de Paraty (Flip), que vai acontecer entre 29 de junho e 3 de julho. O curador da Flip, Paulo Werneck, destaca que ;a obra de Ana C. é densa, pulsante, e conquista leitores em todas as partes do mundo. A homenagem vai poder iluminar áreas menos conhecidas de sua obra e desfazer alguns lugares-comuns a respeito de sua vida.;

O que teria permeado a vida de Ana Cristina Cesar ; que morreu aos 31 anos, após se atirar da janela do apartamento dos pais, no oitavo andar de um edifício na rua Tonelero, em Copacabana ; não foi outra coisa se não poesia. Versos surgiam de conversas fortuitas e de outras experiências cotidianas.

O poeta Armando Freitas Filho foi um dos grandes amigos de Ana C. e é também o curador da obra dela. ;Tomo conta da obra da Ana desde que ela morreu. Ana disse para a mãe que, se algo acontecesse com ela, todo o material literário fosse endereçado a mim.; A confiança que, segundo ele, viria da amizade profunda que mantiveram durante toda a vida. ;Talvez seja a pessoa com quem mais convivi. E foram apenas 10 anos. Talvez porque ela e eu tivéssemos temperamentos parecidos em matéria de angústias da vida cotidiana;, lembra.

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