Diversão e Arte

Alunos de escola pública fazem da arte um ato socialização em Brasília

No Centro de Ensino Fundamental 11, do Gama, a música é uma coisa séria: as crianças participam de orquestra, coral e musicalização

Nahima Maciel
postado em 02/05/2016 09:06

No Centro de Ensino Fundamental 11, do Gama, a música é uma coisa séria: as crianças participam de orquestra, coral e musicalização

O sonho do paulista Luiz Antonio Fermiano é montar uma orquestra e transformar o Centro de Ensino Fundamental 11, no Gama, em uma referência do ensino público quando se trata de música. Na escola, as crianças de 10 a 14 anos têm aula de musicalização obrigatória e, no contrafluxo, podem escolher estudar um instrumento. Na instrumentoteca, eles têm acesso a 30 violinos, cinco violas, dois violoncelos, 15 instrumentos da família dos metais e 22 das madeiras. Na prateleira da sala de Fermiano, uma coleção de nove troféus concedidos à banda da escola mostra que música ali, é coisa séria. O coral de 180 vozes é uma prova: o trenzinho do caipira que sobe e desce a serra de Villa-Lobos emociona quem ouve. A ideia é implantar à risca a ideia da obrigatoriedade do ensino da música nas escolas. Para isso, Fermiano conta com três professores e quatro monitores para atender os 700 alunos que participam do programa.

[SAIBAMAIS]


Vencendo a timidez


O clarinete tem poderes mágicos nas mãos de Lia Menezes Barbosa. Aos 14 anos, a menina não imagina a vida sem o instrumento e sonha em tocar na Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS). A autoconfiança que conduz a fala da menina apesar da timidez é algo conquistado graças aos instrumentos. Antes de descobrir o clarinete, Lia não exibia o sorriso largo de hoje. ;A música mudou minha característica em tudo;, conta. ;Eu tinha cara de triste, era muito só e isolada. Quando passei para o clarinete, mudou tudo. Música é tudo para mim.; O som rústico do instrumento encantou a menina e a família. ;Minha mãe tem orgulho de mim e sempre fala para eu não desistir. porque é o meu futuro;, conta. Graças ao esforço da mãe, que é empregada doméstica, e da tia, Lia ganhou um clarinete para estudar em casa. A jovem musicista não tem medo do cansaço. Há alguns meses, ela descobriu o projeto Música e Cidadania, tocado por Valdécio Fonseca no Paranoá, e decidiu que era a oportunidade de ter experiência com uma orquestra. ;Desde pequena, eu ligava a TV para ver orquestra, quando tinha;, conta. ;Música, para mim, é tudo.;


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