Diversão e Arte

Rainhas da sofrência: conheça novos nomes da geração feminina do sertanejo

Saiba mais sobre Bruna Viola, Naiara Azevedo, Paulla & Paolla e Paula Mattos

Adriana Izel
postado em 26/07/2016 07:32
Naiara Azevedo é dona de um dos maiores hits do momento, a faixa 50 reais
Desde o ano passado, a música sertaneja abriu as portas de vez para as mulheres. A cena foi invadida por artistas como Marília Mendonça, Maiara & Maraisa e Simone & Simaria, que se tornaram nomes de sucesso do gênero. Elas seguem os passos de outras mulheres que já marcavam presença no mercado, como Thaeme, da dupla Thaeme & Thiago, Maria Cecília, da dupla Maria Cecília & Rodolfo, Paula Fernandes e Roberta Miranda. A presença feminina se tornou tão forte que a cada dia aparecem mais artistas mulheres se destacando no cenário da música caipira, cantando canções com letras que falam sobre a realidade feminina e do ponto de vista das mulheres, o que, até então, não era comum.

Uma das músicas mais tocadas na rádio atualmente é o hit 50 reais, da cantora Naiara Azevedo gravada em parceria com a dupla Maiara & Maraisa. A música, que segundo a cantora é inspirada em uma história que aconteceu com ela, conta a história de uma mulher que encontra o namorado com uma amante em um motel e tem o refrão chiclete: ;Não sei se dou na cara dela ou bato em você/ Mas eu não vim atrapalhar sua noite de prazer/ E pra ajudar a pagar a dama que lhe satisfaz/ Toma aqui uns 50 reais;.

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A canção faz parte do álbum Totalmente diferente, que tem ainda faixas como Inquilino (em parceria com Zé Neto & Cristiano), Ele não merece a gente (gravada com Paula Mattos), Radinho do seu Zé, Aqui pro meu ex e O nome dela é rapariga ; músicas que destacam a visão da mulher, característica do trabalho de Naiara Azevedo, que, em 2011, chamou atenção ao divulgar na internet a resposta do funk Sou foda em versão sertanejo.

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Com inspiração no trabalho de Naiara Azevedo e das ;coleguinhas;, as irmãs Simone & Simaria, as cantoras radicadas em Brasília, Paulla & Paolla, se lançaram como dupla há cerca de seis meses fazendo o que chamam de ;forrónejo;. ;Nós já tínhamos uma carreira separada e cada uma tem um estilo diferente, então acho que cada uma agrega muito ao trabalho da outra como dupla;, afirma a cantora Paolla.

Apesar do pouco tempo, as cantoras já têm um hit famoso, a canção Tá chorando. Na última sexta-feira, elas gravaram o segundo disco ao vivo durante show na boate Divina Living Bar, em Taguatinga, com músicas inéditas autorais e versões de sucessos do sertanejo e do forró. ;Acho que o motivo do sucesso é porque as letras são voltadas para as mulheres. Antes, o sertanejo era um mercado muito fechado e as músicas sempre exaltavam o homem;, analisa Paulla. A cantora Paolla também concorda e completa: ;A mulher antigamente até ocupava um espaço, mas era bem menor do que o masculino. Estamos vivendo um momento de explosão feminina, com músicas que a mulherada se identifica, com sofrência e independência;.
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Mais representantes

A mato-grossense Paula Mattos desde o ano passado se destacou no cenário sertanejo com o lançamento do disco Paula Mattos acústico, que marcou a virada da carreira da artista que antes era mais conhecida como compositora. Entre os maiores sucessos estão as faixas Rosa amarela, Que sorte a nossa e Farol fechado.
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Outra representante é a cantora Bruna Viola. A também matogrossense de apenas 23 anos ficou conhecida nacionalmente no ano passado quando lançou o primeiro disco da carreira Sem fronteiras, apesar de já atuar como violeira há mais de 12 anos. Ela logo chamou a atenção por tocar o chamado sertanejo de raiz sempre acompanhada de uma viola. ;Quando eu comecei não tinha muita menina tocando. Ao longo dos anos fui vendo a presença feminina. Fico feliz se eu tiver servido de inspiração;, afirma Bruna ao Correio.

Neste ano, a cantora lançou o álbum Melodias do sertão, em que mescla o sertanejo de raiz, que aparece na faixa-título, com o universitário, disponível nas baladas como Você não sabe (Quero ver). O disco foi gravado em março deste ano ao vivo em São Paulo. ;O trabalho quando é ao vivo tem que mandar bala, mostrar que sabe fazer de verdade. A gente ensaiou muito e foi tudo gravado na raça e no talento. O repertório faz um resgate da raiz, mas mostra um lado mais romântico e também meu lado instrumentista", explica a artista.

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