Diversão e Arte

Saiba quem são as novas vozes da música brasiliense

Do jazz ao sertanejo, do axé ao rock. Confira quem são as apostas da cidade para brilhar nos palcos de todo o país

Irlam Rocha Lima
postado em 24/01/2017 07:20

Richard Borges começou a cantar na igreja em Sobradinho
Oswaldo Montenegro, Herbert Viana, Renato Russo, Dinho Ouro Preto, Rodolfo Abrantes, Alexandre Carlo, André Gonzales, Gustavo Bertoni, Rosa Passos, Cássia Eller, Zélia Duncan e Ellen Oléria são algumas das vozes que, a partir de Brasília, reverberaram nacionalmente e contribuíram decisivamente para colocar a cidade no mapa da música popular brasileira.

Reconhecida como celeiro de músicos, a capital tem lançado também muitos cantores. Alguns, mesmo não sendo candangos, iniciaram a trajetória artística se apresentando em nossos palcos, de onde decolaram para a fama e o sucesso. Há os que ; já depois de consagrados ; optaram por permanecer aqui. Outros, com o intuito de dar maior visibilidade à carreira, se radicaram no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Uma nova leva de cantores, dos mais diversos gêneros, começa a se destacar na cena musical brasiliense. O Correio buscou conhecê-los e revela quem são esses intérpretes de MPB, samba, pop, rock, jazz, forró, música sertaneja, música caipira e de conjunto de baile. Alguns, por enquanto, são ouvidos apenas no âmbito local, mas há os que já têm transposto os limites do Distrito Federal.

Conheça a carreira de cada um!



Richard Borges (MPB)
O cantor, que cresceu ouvindo clássicos da música popular brasileira, começou a soltar a voz na Igreja São Vocente, em Sobradinho. Pouco a pouco, foi apurando a técnica e construindo identidade musical ao observar com mais atenção o trabalho de intérprete de estrelas como Elis Regina, Marisa Monte e Maria Gadú e se apresentar em festas e casamentos. Atualmente, Richard tem feito shows no Fulô do Sertão (404 Norte). ;Nesse começo de carreira, tenho Tiê e Tiago Iorc como referências;, diz.

Fran Fidalgo (Pop)

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Influenciado pela soul music, o jovem cantor e compositor nascido em São Paulo e criado em Brasília, é ligado à música há vários anos, mas recentemente encarou a carreira artística, fazendo show no Terraço Shopping, Iate Clube e no Pontão do Lago Sul. Ele foi ouvido também, ao dar canja para João Suplicy, no Feitiço Mineiro. ;No primeiro semestre de 2016 lancei meu primeiro CD, intitulado Quero seguir viagem. A maré, Ao teu lado, Quero você pra mim e outras músicas do álbum podem ser ouvidas por meio do aplicativo Deezer;, adianta.

Karina Galvão (Rock)


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Vocalista da banda Baby Meu Bem e Os Brotos do Jacaré, que recria clássicos e lados B da obra de Roberto Carlos, Karina começou a cantar aos 16 anos. Em 2013, participou da audição regional do programa The Voice Brasil. ;Apesar de o mundo do rock parecer um reduto masculino, cantoras como Rita Lee, Cássia Eller e Pity quebraram paradigmas. Busco fazer isso na Baby Meu Bem;, afirma. ;Tenho um sonho: cantar no especial de fim de ano do Rei;, acrescenta.

Tatá e Danú (Jazz)

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O trabalho desse duo é classificado por elas como psyco-jazz. Registrado em O leve, o CD lançado em 2015, traz uma variedade de ritmos brasileiros que se fundem com a linguagem jazzística. O resultado é algo suave, de fácil assimilação e dançante. A dupla produz com outras colegas o projeto Do Quadrado, no Teatro Garagem do Sesc. A música Foi foda quando você soltou a minha mão, carro-chefe de um novo trabalho, foi finalista do Festival da Rádio Nacional FM. ;Nós duas fazemos parte do coletivo de artistas do DF que trabalha pela valorização da arte autoral e pelo protagonismo de mulheres, pessoas negras, LGBTs e periféricas;, anuncia Tatá.


Diego Pedigree (samba)

Do jazz ao sertanejo, do axé ao rock. Confira quem são as apostas da cidade para brilhar nos palcos de todo o país

Brasiliense, vocalista e cavaquinista do grupo Luz do Samba. Pedigree estudou na Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello e na Escola de Música. No ano passado, registrou a música Monumento de cidade, composta em parceria com Breno Alves (Adora Roda), num EP. ;No momento, eu estou empenhado na gravação do meu primeiro CD, produzido por Rafael dos Anjos e Júnior Alvarenga, que terá 12 faixas. Entre elas, Mar de sedução, de minha autoria; Quando tem samba pra gente sambar, de Serginho Meriti; e Amor e querer bem, de Marcelinho Moreira;, destaca.


Leandro Medeiros (forró)


Do jazz ao sertanejo, do axé ao rock. Confira quem são as apostas da cidade para brilhar nos palcos de todo o país

De família de nordestinos, Leandro, vocalista do Trio Balançado, foi influenciado pelos pais forrozeiros e o tio Pedrinho do Acordeon; e tem como ídolos Luiz Gonzaga e Dominguinhos. Torre de TV, Poizé, Fulô do Sertão e Forró Spiclicute são lugares onde o grupo tem tocado. Ele conta que escuta baião, xote, xaxado, coco desde a infância. ;A consequência disso é o meu trabalho com Vavá (sanfona) e Zé Carlos (zabumba), no Trio Balançado;

Macedo & Mariano (música caipira)

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Defensores da música sertaneja autêntica ; também chamada ;de raiz; ; a dupla, nos últimos quatro anos, vem conquistando espaço dentro desse segmento. Eles têm se apresentado em encontros de violeiros e festivais no Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais. Já participaram de algumas coletâneas e lançaram o CD Conversando com a vida. ;Temos feito muitos eventos particulares e, quinzenalmente, às quartas-feiras, nos apresentamos no Estação Beer, no Pistão Sul, em Taguatinga;, ressalta.


Rafa Ramalho (axé)

Do jazz ao sertanejo, do axé ao rock. Confira quem são as apostas da cidade para brilhar nos palcos de todo o país

O cantor brasiliense acredita que 2017 será o ano em que sua carreira decola de vez. Com um EP gravado, no qual se destacou a música autoral Bem querer, ele está em fase de pré-produção do primeiro CD. ;Além de composições inéditas, a novidade nesse disco vai ser a levada eletronejo, com uma pegada de axé. Uma palinha dessa proposta vou mostrar no show que farei com Xexéu (em-vocalista da Timbalada), no Garota Carioca, no dia 29 próximo;. Bel Marques, Saulo e Tomate são suas principais referências na axé music.

Ana & Ju (sertanejo)

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O sucesso de Maiara & Maraísa tem sido fonte de inspiração para o surgimento de novas duplas femininas em todo o país. As brasilienses Ana e Ju seguem essa trilha. No último sábado, elas fizeram a estreia com show que lotou a Bamboa Brasil e deixou o público entusiasmado. Durante seis meses, elas se preparam para subir ao palco e gravar CD e DVD. Anteriormente, Ana havia participado de vários festivais, tendo vencido alguns; enquanto Ju iniciou a carreira como cantora de axé. Com beleza, alto astral, bom humor e muita musicalidade, elas querem conquistar o público de Brasília e de outras cidades brasileiras. Segundo Ana, o disco vai ser lançado em breve. ;A música de trabalho é a inédita O jogo virou, de Day, cantora e compositora goiana, que faz dupla com Lara.;









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