Diversão e Arte

Trio Choro Moderno lança o álbum 'Bolo de fubá'

Em uma mistura de estilos como a valsa, o frevo e o choro, o primeiro álbum do trio', já está disponível nas plataformas digitais

Alexandre de Paula
postado em 27/03/2017 09:52
Trio Choro Moderno lança o primeiro álbum, 'Bolo de fubá'

Foi no início de 2013 que o Duo Dois Irmãos ganhou um novo integrante e se transformou no Trio Choro Moderno. Professor da Faculdade de Música Souza Lima, Pedro Ramos (cavaco e violão tenor) convidou o baterista Diego Pereira, aluno da mesma faculdade, para se juntar a ele e a Paulo Ramos (violão de 7 cordas) no projeto. Juntos, eles lançaram agora o primeiro CD do trio, Bolo de fubá.

O álbum mistura estilos, como a valsa e o frevo, ao choro com composições dos integrantes do trio e algumas releituras de nomes como Jacob do Bandolim.;Com as músicas autorais de integrantes do trio, o CD dá uma passeada sobre os vários tipos de choro. Tem valsa, tem frevo, tem samba-choro, ele é bem diversificado;, explica o violonista Paulo Ramos.

Na gravação, o trio foi acompanhado de alguns instrumentistas, que ajudaram a produzir arranjos e sonoridades. ;É um disco de músicas nossas, mas tem a participação de três grandes músicos: Victor Alcântara (sax), Guilherme Ribeiro (acordeon) e Sizão Machado (baixo acústico);, conta Paulo.

Contrapontos


A formação do grupo é inusitada para o gênero. No lugar do tradicional pandeiro, entra a bateria de Diego Pereira, que permite explorar outros caminhos e sonoridades diferentes do convencional. ;Ele fica mais livre para fazer contrapontos rítmicos, usando pratos, o instrumento todo. O resultado fica mais aberto, fica bem diferente e, na questão do improviso, acaba dialogando mais;, comenta Paulo.

Além das influências mais óbvias do próprio choro, como Pixinguinha e Jacob do Bandolim, o grupo tem um pé no jazz e no improviso. ;A formação musical de cada um entra no nosso som, o Pedro, que é o solista, vem da escola do jazz, era um cara da guitarra elétrica e trouxe isso para o trio. O Diego também é do jazz. E eu sempre fui violonista mesmo, mais ligado ao choro;, explica.

Para o instrumentista, o início dos anos 2000 foi um período marcado pela busca, por vários grupos musicais, das raízes culturais brasileiras. ;Começou a aparecer muita gente nova procurando a música raiz, não só o choro, como o forró, o tambor de criola... Essas matrizes brasileiras começaram a ser muito procuradas e ainda são;, comenta.

Paulo avalia também que o choro está bem representado hoje, com jovens músicos fazendo música de qualidade. ;Hoje, temos grupos de choro muito bons lançando discos, fazendo shows, inclusive vários professores estão ensinando choro na faculdade, vejo o cenário de maneira muito positiva.;

Bolo de fubá
Trio Choro Moderno. Tratore. 12 faixas. Disponível nas plataformas digitais.

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