Diversão e Arte

CoMA chega a capital com quatro palcos e mais de 50 atrações

O complexo CoMA está instalado no gramado entre a Funarte e o Centro de Convenções Ulysses Guimarães, com entradas pela Torre de TV, Parque da Cidade e Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, no Eixo Monumental

Adriana Izel
postado em 03/08/2017 07:30
Far From Alaska é uma das atrações do festival CoMA

O festival CoMA ; Convenção de Música e Arte ; terá sua primeira edição neste fim de semana na capital em espaço montado no gramado entre a Funarte e o Centro de Convenções, no Eixo Monumental. O evento surgiu inspirado em iniciativas internacionais similares, como o Primavera Sound (Barcelona, na Espanha), unindo música e empreendedorismo. A versão brasiliense tem como objetivo potencializar o mercado musical local, nacional e internacional, colocando a capital federal na rota.

Ao todo, são mais de 50 atrações musicais se revezando em quatro palcos: Palco Norte, Palco Sul, Palco Planetário e Palco Clube do Choro. Desse line-up, 50% é formado por artistas de Brasília, entre eles, Scalene, Lista de Lily, Dillo, Adriah, Esdras Nogueira e músicos com carreira no Clube do Choro. Já entre os artistas nacionais, o evento apresentará grandes nomes como Lenine, Emicida, Clarice Falcão, Silva e Rico Dalasam. Diretamente de fora do país, o festival recebe a banda O;Brother. As atrações representam uma diversidade musical e cultural, indo do choro ao rock, do hip-hop à MPB.

Já em relação ao caráter mais empreendedor, o evento terá uma série de rodas de debates, pitches (audições para bandas iniciantes) e mesas redondas com temáticas voltadas ao mercado musical. ;Eu acho isso maravilhoso, sempre tive inveja, por exemplo, do Primavera Sound, que além de uma curadoria musical incrível tem essa coisa de entender e apreciar a música no seu todo, inclusive na parte mais teórica para os artistas que estão começando. Acho muito legal e isso faz o festival ainda mais esperado;, comenta Clarice Falcão, que é uma das convidadas do CoMA.

A pernambucana se apresentará no domingo no Palco Norte, com a turnê do mais recente álbum Problema meu. Essa será a primeira passagem desse show pela capital. ;Vai ser muito divertido participar do festival. Estou muito feliz e empolgada. Como essa será a primeira vez desse show em Brasília não quero tirar nada do original, quero que seja o mais parecido possível, que seja uma experiência completa dessa turnê, até porque tive uma experiência bem legal em Brasília com Monomania;, revela.

Empolgação também pode ser a definição para explicar a presença da banda Far From Alaska. Formado em Natal (RN), o grupo faz parte da nova cena independente do rock nacional e estará no CoMA para apresentação também no domingo, no Palco Norte. O show ocorre dois dias após o lançamento do mais novo álbum da banda, Unlikely, que tem o já conhecido single Cobra. ;Sentimos que esse CD tem mais a nossa cara do que o anterior. Ele é mais zoeiro, de bom humor, enquanto o outro era mais sério, o que não reflete muito o que somos;, analisa Cris Botarelli, integrante da banda.

Brasília será a primeira cidade a receber o show com as novas faixas. ;Ele já vai ser com as músicas novas. Estamos guardando surpresas;, garante Cris. Além do show no domingo, a artista participa na sexta-feira da festa de abertura Soma, em que fará uma discotecagem dedicada a faixas dos anos 1990 e 2000. ;Um evento como esse é importante para que as pessoas se encontrem;.

Duas perguntas // Clarice Falcão

Assim que você lançou Monomania as pessoas classificaram seu som como música fofa e isso mudou com Problema meu. Como você viu esse rótulo?
Mesmo na época do Monomania, eu achava muito doido. Eu estava falando sobre assassinar uma pessoa e em diversas músicas eu falo sobre morrer de beber, coisas que não são assim fofas. Mas tinha um roupagem fofa, porque eu achava que a piada ou a personagem ficavam mais engraçadas sendo fofa. Se fosse um heavy metal, as pessoas já tinham visto isso. Não tinha nenhuma surpresa. Mas uma música romântica dizendo que te ama e depois que vai te matar, é uma surpresa. Só que nesse CD (Problema meu), ele é menos narrativo, enquanto o primeiro é mais um filminho, que tem uma personagem, um eu lírico que segue todas as músicas. O segundo é mais anárquico, cada música tem um universo, um assunto, um gênero musical.

Desde que você foi anunciada como atração do CoMA, você fez várias postagens em suas redes sociais e parece bem animada. Como foi esse convite?
Na verdade, eu conheço várias pessoas da organização, também tenho vários amigos que vão tocar, como Silva, Aloizio... Então, fiquei muito feliz e empolgada. Vai ser muito divertido. Além de ser um festival com uma curadoria incrível, ele dará mais do que o esperado.

Festival CoMA
Complexo CoMA (no gramado entre a Funarte e o Centro de Convenções Ulysses Guimarães, com entradas pela Torre de TV, Parque da Cidade e Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, no Eixo Monumental). Sexta (4), sábado (5) e domingo (6). Com shows, painéis, espaço gastronômico e feira cultural. Ingressos a R$ 15 (1 dia), R$ 50 (VIP ; 1 dia), R$ 80 (VIP ; 2 dias) e R$ 125 (credencial conferência 2 dias ; passaporte completo). Valores de meia-entrada e sujeitos a alteração. À venda pelo site www.influenzaproducoes.com.br/coma. Não recomendado para menores de 16 anos. Menores de 16 anos podem acessar o evento acompanhados de um responsável legal.



Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação