Diversão e Arte

Aniversário de 16 anos da cia G7 será celebrada com apresentações

Cia de Teatro G7 marca a data do aniversário para promover apresentações especiais com o melhor da trajetória do grupo

Ronayre Nunes
postado em 19/08/2017 07:20
Elenco do grupo de comédia G7
Em 2001, Fred, Rodolfo, Felipe e Benetti apostaram todas as fichas em um projeto de humor. Dezesseis anos depois, a Cia. de Teatro G7 se orgulha de uma carreira que levou o nome da capital para a comédia do país, com mais de 1, 7 milhões de telespectadores em 14 peças originais. A celebração conta com peça especial a patir deste final de semana. Os quatro conversaram com o Correio para explicar um pouco como o grupo ganhou os palcos da cidade.

O começo

Com apenas 18 anos, no fim do ensino médio. Foi nesse momento que Frederico Braga e mais três amigos deram o ponta pé inicial em um grupo de teatro, que até então não tinha muita ambição com os palcos, mas já tinha a comédia afiada. ;Lembro que minha primeira peça foi na 4; série em uma oficina da Biblioteca Demonstrativa, e eu me encontrei. É um local de muita diversão para mim, eu me sinto mais completo;, afirma Braga (hoje com 34 anos), que, após o ensino médio, deu início à faculdade de ciência política, em conjunto com as atividades do grupo de teatro.

;Nossa primeira apresentação foi no Espaço Cultural da Anatel, que hoje nem existe mais;, relembra Braga. Após o início improvisado, os quatro jovens sentiram rapidamente a necessidade da escolha: ou dedicação total às artes, ou à carreira acadêmica profissional. ;Com o fim da faculdade, a gente passou a sentir a pressão de começar a trabalhar. A gente precisava ganhar nosso dinheiro, mas as coisas eram difíceis. Nos 45 minutos do 2; tempo, prestando atenção nos nossos amigos recém-formados, a gente se ligou que a busca de um emprego no serviço publico era a regra, então escrevemos um espetáculo sobre isso;, confessa Braga. Estava nascendo a porta de entrada do G7 para o grande o público, o espetáculo Como passar em concurso público.

Representação nacional

;Fomos convidados a ir ao Programa do Jô, acho que isso ainda em 2008. Depois foi um verdadeiro estouro, começamos a nos apresentar no Rio de Janeiro, num teatro pequeno, depois mudamos para um maior. Estávamos até no horário nobre depois de um tempo;. As palavras de Rodolfo Cordón, 35, explicam um momento crucial para o G7: o ganho de espaço nacional que o quarteto estava conseguindo com o espetáculo Como passar em concurso público.

A representação nacional por outras cidades foi um importante passo para que o G7 começasse a desenvolver os próximos passos. ;A gente se tornou funcionário público do concurso público;, conta Cordón, entre risos. ;Estava na hora de voltar para Brasília e já voltamos engajados nos próximos planos. Estávamos mais organizados, tínhamos mais noção de uma empresa mesmo, então usamos isso para o Eu odeio meu chefe;, sustenta o ator. A trupe se preparava para o momento mais importante que um artista encara na vida: o auto-reconhecimento.

Identidade e comédia

Com 35 anos de idade, Gracindo explica uma fase crucial para o grupo, em que a maior produção de espetáculos passou a necessitar, cada vez mais, de organização e identidade. ;Nós não somos um grupo que saiu da faculdade de artes cênicas, nós precisávamos passar a nossa marca, nossa identidade e posição;, aponta Gracindo.

O ator ainda defende que o grupo tem sua própria marca, e que tal identidade é pré-requisito básico de consulta para a criação de novos trabalhos. ;O G7 é uma empresa que cria conteúdos sobre o que acontece na vida das pessoas, nós queremos a apresentação dessa perspectiva. Não é só ser um grupo de entretenimento, nós queremos passar a nossa mensagem, um humor com uma reflexão;, argumenta Felipe Gracindo.

O presente e o futuro

[SAIBAMAIS]Se relembrar o passado é atividade básica de conhecimento de si próprio, fazer o presente e planejar o futuro também entra na equação do sucesso. ;A gente tem um ritmo de trabalho há 16 anos, sempre com muito foco, mas não tem muita diferença entre o que fazíamos antes e agora. Com certeza estamos mais focados. Se alguém chegar atrasado ao ensaio tem multa, quando não escrever tem multa também. Nosso foco é fazer;, esclarece Benetti Mendes, o mais velho membro da trupe, com 37 anos.

Sobre o futuro, Mendes aponta para um horizonte promissor: as peças são muito planejadas antes da estreia. ;A gente precisa se organizar, com uma agenda fechada, inclusive, nossa próxima peça já está planejada, temos a ideia, a temática e tomara que dê tudo certo. Só não temos ainda o nome;, confessa Mendes, que ainda completou ao responder sobre a melhor coisa do grupo nesses 16 anos: ;Eu não consigo pontuar só uma coisa, talvez não termos desistido foi a melhor coisa que fizemos, porque hoje estamos aqui, 16 anos depois;, conclui.

*Estagiário sob supervisão de Vinicius Nader

Especial 16 anos do G7

Teatro Maristão (615 Sul). Sábado (19/8), às 19h e às 21h30 e domingo (20), às 20h30. Ingresso: R$ 16 (meia-entrada). Não recomendado para menores de 12 anos.

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