Diversão e Arte

Escritora nicaraguense Claribel Alegría morre aos 93 anos

Claribel Alegría estava em casa e morreu devido a complicações de uma infecção pulmonar

postado em 26/01/2018 18:25

A escritora tinha 93 anos e estava em casa acompanhada da família quando morreu

Aos 93 anos, rodeada pelos quatro filhos e em casa, foi assim que a a poetisa Claribel Alegría morreu. A nicaraguense faleceu, nesta quinta-feira (25/1), em decorrência de uma infecção pulmonar, na capital Manágua.

O velório aconteceu no cemitério Sierras de Paz e estiveram presentes familiares, amigos, escritores e diplomatas. A família da poestisa afirmou que o enterro será realizado no sábado (27), no cemitério de Las Sierritas, em Manágua.

Amigos e familiares da escritora prestaram homenagem no velório em Manágua

O governo de Nicarágua lamentou a perda e explicou que Alegría era um orgulho e tanto para o país quanto para El Savador, lugar de origem da mãe da escritora. No ano passado, ela havia recebido o prêmio Reina Sofía pelo conjunto de obras que escreveu durante a carreira.

Biografia de Claribel Alegría

Nascida na cidade de Estelí, em Nicarágua, Alegría passou a infância em El Salvador. Em 1943, Claribel Alegría foi cursar filosofia e letras nos Estados Unidos e lá conheceu o escritor americano Darwin J. Flakoll, que morreu em 1995. Os dois foram casados e tiveram quatro filhos juntos.

Durante toda a vida, Claribel foi contrária a regimes ditatoriais, guerras, injustiças socias e revoluções violentas. Ela fez parte da Geração Comprometida, um movimento de escritores da América Central, que aconteceu entre os anos de 1950 e 1960. Nessa época, eles traziam nas obras críticas a sociedade em que viviam e utilizavam uma linguagem não muito usual.

Discípula de Juan Ramón Jiménez, prêmio Nobel de Literatura, ela havia viajado em novembro do ano passado para Madri, onde recebeu o prêmio Reina Sofía pelo conjunto da obra.

No currículo, mais de 20 livros de poesia e 10 romances. Entre os títulos mais conhecidos estão Cenizas de Izalco (1966), Luisa en el país de la realidad (1987) e Sobrevivo (1978).

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