Economia

Pneumonia nos EUA é pequeno resfriado no Brasil, diz Mantega

;

postado em 16/06/2008 16:17
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta segunda-feira (16/06) que o Brasil está em melhor forma hoje do que no passado para suportar a crise financeira que abate os mercados mundiais e que a situação se inverteu em relação aos efeitos das turbulências na economia brasileira e americana. "Antigamente, quando havia resfriado nos Estados Unidos, ele se tornava uma pneumonia no Brasil. Hoje, diante de uma pneumonia nos Estados Unidos, nós pegamos um pequeno resfriado. As coisas se inverteram", disse Mantega, que acompanhou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante homenagem na BM Bovespa. "Hoje, nós reunimos as condições que não tínhamos no passado diante de uma crise dessa natureza. No passado, quando havia crise como choque do petróleo, uma crise de commodities, uma onda inflacionária varria o Brasil e nós éramos levados à estagnação", afirmou o ministro. Ele destacou que o Brasil é um dos países menos afetados pela alta internacional de preços e que o governo seguirá no combate à inflação, mas sem comprometer o crescimento do país. "A inflação no Brasil subiu menos que em outros países. Isso demonstra o acerto da nossa política econômica, monetária e fiscal, que está combatendo essa inflação. O governo não dará trégua à inflação, não permitirá que ela se instale, porém, ao mesmo tempo, não abortará o crescimento", disse Mantega. Mantega afirmou que, para tanto, o governo tem recorrido a "instrumentos fortes" para controlar a inflação. Entre eles, citou o aumento do superávit primário e da taxa de juros e a "redução do crédito onde é excessivo". Crescimento Mantega disse que o Brasil continuará em ritmo de crescimento, apesar das turbulências no mercado. "Vamos controlar essa inflação e ter desempenho melhor que outros países. O crescimento vai continuar a despeito destes problemas que atribulam a economia mundial e a brasileira em menor escala", disse Mantega. No mesmo evento, o presidente Lula disse que o combate à inflação será prioridade em seu governo. Segundo ele, é preciso lidar com os problemas de curto prazo - como o aumento de preços na economia mundial - sem comprometer o crescimento do país. "O controle de inflação será prioridade em nosso governo e temos instrumentos para isso. Vamos controlar a inflação, mantendo crescimento sustentável.(...) O Banco Central continua administrando a política monetária de modo que a garantir que a inflação dentro do intervalo especificado pelo governo e que eventuais e pontuais sejam corrigidos o mais rápido possível, sem prejudicar o ritmo sustentável de expansão da nossa economia. Olhando para além das turbulências, eu tenho confiança que o Brasil pode enfrentar a atual onda inflacionária mundial e continuar no rumo do desenvolvimento econômico e social."

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação