postado em 31/08/2008 08:49
A notícia de que, aos 46 anos, era velha demais para o cargo de secretária caiu como uma bomba para Carolina Cruz*. ;Tudo indicava que seria minha aquela vaga;, lembra a ex-empresária. Ela foi discriminada há seis anos ao tentar ser contratada para trabalhar com a diretoria de uma faculdade particular de Brasília. ;Fui aprovada no teste com mérito, mas na hora que meu futuro chefe me viu e me entrevistou, perdi a oportunidade;, afirma magoada.
Histórias como a de Carolina são mais comuns do que se imagina. O que difere, além do nome e endereço, é que boa parte dos candidatos ao mercado de trabalho não sabem por que foram dispensados.
Ser contratado exige, no mínimo, disposição para viver uma maratona de testes, entrevistas, dinâmicas de grupo, novas entrevistas e, se tudo der certo, os exames pré-admissionais. E, claro, sem esquecer a lista interminável de cópias de documentos.
De acordo com a legislação, quem contrata pode exigir um perfil determinado, desde que a ;preferência ou exclusão não esteja fundada na raça, cor, religião, opinião, política, ascendência nacional ou origem social que tenha por efeito destruir ou alterar a igualdade de oportunidades;, como define a Convenção nº 11 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
;Na hora de contratar não podem pedir certidão de antecedentes criminais nem nada consta dos órgãos de proteção ao crédito, como SPC e Serasa. O candidato tem que ser avaliado por sua capacidade e disposição ao trabalho;, explica o assessor da Secretaria-executiva do Ministério do Trabalho e Emprego, Sérgio da Sepúlveda.
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